O ministro das Relações Exteriores, Juan Carlos Holguín, viajará aos Estados Unidos para realizar uma série de reuniões bilaterais que buscam promover a candidatura do Equador ao Conselho de Segurança das Nações Unidas. Isso foi confirmado por uma declaração divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores e Mobilidade Humana do Equador.
De acordo com o programa da visita oficial, a agenda de Holguín começou hoje em Nova York, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU). Lá, foi acordada uma reunião com representantes do Grupo Latino-Americano e do Caribe (GRULAC), representantes da União Europeia e da União Africana, entre outros. Durante essas reuniões, o ministro das Relações Exteriores promoverá vários apoios para que o Equador fortaleça sua candidatura. Além disso, está agendada uma reunião com o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres.
Na sexta-feira, 1º de abril, a agenda será cumprida em Washington, D.C., onde Holguín se reunirá com a Secretária de Estado Adjunta dos Estados Unidos, Wendy Sherman, e outros membros da Casa Branca e do Senado dos EUA. Eles discutirão os termos para novos entendimentos comerciais, ambientais e de segurança que o Equador busca estabelecer com os Estados Unidos.
O Comitê de Relações Exteriores do Congresso dos Estados Unidos aprovou uma lei promulgada pelos Estados Unidos em 23 de março para fortalecer as relações com o Equador. O projeto de lei, que faz parte de uma iniciativa legislativa apresentada por um grupo de legisladores dos EUA, propõe lançar um plano para expandir os laços econômicos e comerciais entre o Equador e os Estados Unidos, com foco na sociedade civil e nas comunidades indígenas e afrodescendentes. O apoio à democracia e à luta contra a corrupção estão incluídos neste plano.
Este documento promove o apoio ao governo equatoriano para a proteção do meio ambiente. Além disso, fornece uma estrutura legal para fortalecer os esforços do Equador para lidar com atividades relacionadas à corrupção e atividades ilícitas, como o tráfico de pessoas. A lei também autoriza a transferência de dois navios da Guarda Costeira dos EUA. Governo ao governo equatoriano pela proteção da Reserva Marinha de Galápagos e pela luta contra o narcotráfico nessas águas.
O democrata Bob Menendez, presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado, apresentou o projeto de lei acompanhado pelos republicanos Jim Risch e Marco Rubio, além de outro democrata, Tim Kaine. Depois que a proposta foi aprovada pelo Comitê, o próximo passo foi uma votação final no Senado. O Ministério das Relações Exteriores do Equador anunciou a aprovação da Lei de Parceria Estratégica Equador-Estados Unidos de 2022.
No mês passado, Menéndez se reuniu com o presidente Guillermo Lasso para discutir questões de interesse mútuo entre os Estados Unidos e o Equador.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas, órgão ao qual o Equador aspira pertencer, é a agência das Nações Unidas responsável por manter a paz e a segurança no mundo. Ao contrário de outras seções da ONU que só podem fazer recomendações aos governos dos países, o Conselho de Segurança pode obrigar os membros a cumpri-las.
O Conselho é composto por quinze nações, cinco membros permanentes com direito de veto (Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e República Popular da China) e dez membros não permanentes. Entre 2021 e 2023, foram membros não permanentes da América Latina e Caribe, México e Brasil. Entre 2017 e 2021, foram Uruguai, Bolívia, Perú, República Dominicana e São Vicente e Granadinas. Este é o espaço que o Equador aspira ocupar.
O Ministério das Relações Exteriores e Mobilidade Humana do Equador anunciou que durante a visita do ministro das Relações Exteriores Juan Carlos Holguín, haverá também uma reunião com o Secretário-Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, para discutir discussões sobre questões de interesse regional.
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