Depois que se soube que a Corte Interamericana de Direitos Humanos exigiu que o Estado peruano se abstivesse de executar a decisão de libertar Alberto. Fujimori, várias figuras do ambiente do ex-presidente o rejeitaram e instou o governo de Pedro Castillo a não cumpri-lo.
É o caso do parlamentar da Fuerza Popular e do médico geral do ex-presidente, Alejandro Aguinaga, que argumentou que o Executivo procura desviar a atenção dos supostos atos de corrupção em que o chefe de Estado estaria envolvido com o caso de seu paciente.
“Devemos preservar a saúde de Fujimori, que está prestes a completar 88 anos e que sofre de uma série de patologias, mas a maior patologia que agrava e complica é precisamente a falta de autoridade no país, a falha em fazer valer os nossos direitos soberanos à justiça”, disse em referência a a decisão da Corte Interamericana sobre o caso Fujimori.
Nesse sentido, Aguinaga disse à imprensa do lado de fora do Parlamento que os congressistas que votaram contra a vaga presidencial moção são “parceiros e cúmplices” do governo. Segundo ele, todo o país está pedindo a saída de Castillo “para que a economia seja endireitada e haja trabalho”.
KEIKO FUJIMORI PEDE AO GOVERNO QUE LIBERTE SEU PAI
Ex-candidata presidencial Keiko Fujimori, filha de Alberto Fujimori, rejeitou o comunicado da Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). Através de um áudio publicado em sua conta oficial no Twitter, a líder do Fuerza Popular lamentou que “um simples documento” impeça a libertação de seu pai, que não tem permissão para gozar de “direitos humanos, nem mesmo o direito mais básico à vida”.
“Em mais um capítulo de uma série de injustiças contra meu pai, um tribunal internacional há muito reconhecido por seu viés ideológico agora procura impedir que a libertação de Alberto Fujimori através de um documento simples, nem mesmo uma resolução, seja libertado da prisão. Minha família está com muita dor para confirmar que, quando se trata de meu pai, não há direitos humanos, nem mesmo o direito mais básico à vida”, disse.
Fujimori também instou o governo a não aceitar o pedido da CIDH, caso contrário, sua família os responsabilizará pelo que acontece com a saúde do Patriarca dos Fujimori.
“Esta é a mão do Governo agora para invadir ou não uma medida tão precária quanto injusta, se houvesse um mínimo de equilíbrio na sua avaliação, não deveria desconsiderar a decisão do Tribunal Constitucional. De ceder a uma manobra tão perversa e desumana, minha família responsabiliza este Governo pelas consequências que sua decisão possa ter na vida e na saúde de Alberto Fujimori”, continuou no áudio.
DEFENSA DE ALBERTO FUJIMORI PRONOME
Para a defesa do ex-presidente César Nakazaki, o pronunciamento da Corte Interamericana de Direitos Humanos poderia estar condicionado a um “viés ideológico”, como disse Keiko Fujimori. “É um sinal de um viés ideológico, a menos que você não tenha as informações complexas. Ele confiou que não foi informado porque não seria capaz de atender aos requisitos. Não vejo uma forma legal em que eles possam dizer que Alberto Fujimori, nas condições atuais, gera um grande perigo de deixar o país, já com essas duas medidas cautelares que foram emitidas”, disse.
Por fim, ele disse que Fujimori Fujimori não será libertado, pelo menos, até 6 de abril, quando a CIDH analisará o caso e definirá o futuro do ex-presidente.
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