A fim de enfrentar a emergência humanitária que surge no município de Nóvita, localizado no sul do departamento de Chocó, onde 25 comunidades étnicas estão confinadas por um anúncio do Exército de Libertação Nacional (ELN) para proibir a mobilidade através deste território, a Provedoria de Justiça liderará uma assistência humanitária missionária à sua atenção.
A entidade anunciou que tinha uma equipe qualificada para liderar esta missão humanitária que visa servir comunidades ameaçadas, seis das quais são povos indígenas do Médio e Alto Tamana, que são compostos por cerca de 4.000 pessoas que agora estão confinadas pela intimidação do grupo armado ilegal.
“Nos últimos dias, do Escritório Regional de Chocó da Ouvidoria, temos tomado medidas com instituições locais e regionais para definir os detalhes logísticos que permitirão que esse trabalho humanitário seja realizado, cumprindo as condições de segurança necessárias para garantir a atenção dos comunidades confinadas”, disse o ouvidor Carlos Camargo.
A equipe humana enviada da Regional Chocó coordenará as ações em conjunto com a Personería de Novita, o Conselho Comunitário Maior, a Prefeitura Municipal e as demais autoridades deste departamento do Pacífico colombiano, organizando assim a logística necessária para trazer alimentos e medicina para esta cidade ribeirinha, bem como e para restaurar o deslocamento ao longo do rio Tamaná.
Por outro lado, a ouvidoria lembrou que, através do Alerta Antecipado 027 de agosto de 2021, a entidade havia alertado entidades e instituições do Estado sobre os riscos causados pela presença e disputa entre a guerrilha do ELN e as Forças de Autodefesa Gaitanistas da Colômbia (AGC), também conhecidas como Clã do Golfo, que são controlou o controle territorial deste corredor no Pacífico.
“Apelamos aos guerrilheiros do ELN e às Forças de Autodefesa Gaitanistas (AGC) para que respeitem os direitos das comunidades no território e permitam a livre circulação de civis e cessem suas ações contra a comunidade Novita, além de respeitar os Direitos Humanos e o Direito Internacional Humanitário”, disse o zagueiro Camargo.
O alerta emitido pela entidade mostrou que a entrada nas áreas onde as práticas tradicionais de agricultura, pesca e caça dessas comunidades estão sendo impedidas, além de serem proibidas de transitar em estradas neste território e navegação da sede municipal para o setor médio e superior de Tamaná estava sendo proibido. através do uso de munições explosivas, sinais e ameaças, que impedem o acesso à área.
Alerta para confinamento de mais de três mil pessoas em Bojayá, Chocó
Nos últimos dias, a mesma entidade alertou sobre o confinamento de comunidades no município de Bojayá, uma das cidades mais afetadas pelo conflito armado e que sofreu um dos massacres mais condenáveis da história do país.
De acordo com a Ouvidoria, pelo menos 3.700 pessoas permanecem confinadas naquele município de Chocó, sendo os indígenas os principais afetados pela situação da ordem pública.
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