Como parte de sua turnê por países do Oriente Médio, em 30 de março, o ministro das Relações Exteriores Marcelo Ebrard iniciou sua agenda na Índia, onde chegou na noite de terça-feira (horário do México) e onde manterá discussões nos campos aeroespacial e farmacêutico.
Em uma de suas reuniões, o também chefe do Ministério das Relações Exteriores (SRE) se reuniu com Parag Deshmukh, do Serum Institute of India, a quem agradeceu pessoalmente pelo fornecimento de 800.000 doses contra COVID-19 que o laboratório forneceu ao México quando “não tínhamos nenhuma” em fevereiro 2021.
E, deve-se lembrar, o Serum Institute tem sido um dos fornecedores das vacinas da AstraZeneca - fabricadas naquele país -, que forneceu 2, 03 milhões de doses ao México para o Dia Nacional da Vacinação.
Atualmente, mais de um ano após a primeira aplicação do biológico, a nação asteca distribuiu 191 milhões 907 mil 868 doses, com as quais foi imunizado 85 milhões 580 mil 293 pessoas, de acordo com o último relatório do Ministério da Saúde (SSA).
Note-se que a primeira reunião oficial do diplomata mexicano foi com seu homólogo indiano, Subrahmanyam Jaishankar, cujo diálogo girava em torno da relação bilateral, bem como investimento, cooperação para drogas e vacinas, ordem internacional e multilateralismo.
“Estamos caminhando para um relacionamento estratégico e cada vez mais próximo”, postou Ebrard em sua conta no Twitter.
Por sua parte, o Ministro das Relações Exteriores da Índia também emitiu uma declaração na qual chamou a reunião de “um diálogo caloroso e produtivo”, onde a cooperação nos setores de comércio e investimento, ciência, tecnologia e espaço foi discutida: “Nossas reuniões frequentes continuarão a fornecer maior energia ao nosso relacionamento”, destacou.
Da mesma forma, o funcionário mexicano se reuniu com Mansuj Mandaviya, Ministro da Saúde, com quem discutiu as questões da cooperação na digitalização de informações médicas e medicamentos.
Ele também manteve um diálogo com o Ministro da Ciência e Tecnologia, Dr. Jitendra Sigh, para o desenvolvimento de hidrogênio verde, economia digital, robótica no espaço, projetos de imunoterapia e biotecnologia.
Na mesma linha, deve-se lembrar que Ebrard participou do painel sobre Mudanças Climáticas no Fórum de Doha, Qatar, nos dias 26 e 27 de março, onde propôs que os países que geram mais gases de efeito estufa façam contribuições obrigatórias para abordar a adaptação climática.
Segundo o ministro das Relações Exteriores, estava prevista uma quantia de 100 mil milhões de dólares para combater as alterações climáticas, o que não foi alcançado e alertou que “não há mais tempo” para lidar com isso, pelo que apontou que o Fundo de Adaptação Climática, criado em 2021, teria de ser implementado globalmente.
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