O chefe do Ministério da Defesa (Mindef), José Luis Gavidia, referiu-se ao caso da Tarata III Ponte e a fuga de Bruno Pacheco e sobrinhos do presidente Pedro Castillo. Ele indicou que, se eles cometeram um crime, devem responder por suas ações e se render ao sistema de justiça peruano.
“Qualquer pessoa que agiu mal ou fora da lei terá que responder por suas próprias ações”, disse ele ao Canal N.
Isso se refere a Gian Marco Castillo e Fray Vasquez Castillo, que atualmente não estão em detenção preliminar, pois estão envolvidos na investigação que está sendo realizada pelo Anti- Procuradoria de Corrupção do caso Puente Tarata III.
Mas o ministro foi claro ao separar os personagens mencionados do presidente Castillo. Ele insistiu que “a justiça deve agir da maneira mais apropriada”. “Ontem o presidente foi muito claro com suas isenções de responsabilidade: ele não precisa responder por comportamento inapropriado ou atos inapropriados de terceiros”, disse.
O ministro também se referiu à moção de vaga, votada em 28 de março. Ele destacou que agora cabe aos poderes do Estado trabalhar em conjunto para resolver os principais problemas do país.
“Sem dúvida, aceitamos isso com muita humildade. Não há vencedores nem perdedores. O país precisa de unidade. Definitivamente, a votação foi praticamente 54-55, mas não é isso que importa. O importante é que, eu acho, que estamos entrando em uma nova fase, uma nova fase de trabalho conjunto sobre os problemas da crise econômica, crise de saúde que não terminamos, uma crise social e a crise política, que está sendo gradualmente resolvida, para atender às necessidades mais urgentes de nosso país”, concluiu.
DINA BOLUARTE PEDE AOS SOBRINHOS DO PRESIDENTE QUE MOSTREM O ROSTO
Outro membro do Poder Executivo que falou sobre o caso foi o Vice-Presidente da República e chefe do Ministério do Desenvolvimento e Inclusão Social (Minsa), Dina Boluarte.
“O ambiente do presidente é 'não tive', espero que acertem, porque disseram: 'Quem não teme nada deve' do que tem medo? apresentem-se na cara, é a melhor forma de enfrentar os problemas, mostrar a cara, não importa quem caia, seja Bruno Pacheco , os sobrinhos quem quer que sejam, que a investigação é realizada de acordo com o quadro legal”, disse à RPP Noticias.
O CASE
Isso porque na segunda-feira, o empresário Zamir Villaverde foi detido preliminarmente por 15 dias, em sua casa em La Molina, a pedido do Ministério Público. A instituição está investigando a concessão irregular de Puente Tarata III e as reuniões não oficiais do presidente Pedro Castillo na casa de passagem de Sarratea, em Breña. O caso também envolve Karelim López , Bruno Pacheco e os sobrinhos do chefe de Estado.
De acordo com fonte da ATV Notícias, há um mandado de busca e prisão para 11 pessoas, incluindo o ex-secretário do Palácio Bruno Pacheco, que não teria sido colocado em sua casa no momento da intervenção realizada pelo Divisão de Inteligência e a Diretoria Contra a Corrupção (DIRCOCOR) a partir das 6h
De acordo com a revista Caretas, o promotor corporativo supra-provincial por crimes de corrupção de funcionários em Lima também revistaria as casas dos investigados: Victor Valdivia Malpartida, George Pasapera Adrianzén, Luis Carlos Elias Pasapera Adrianzén, Hector Antonio Pasapera López, Edgar William Vargas Mas, Victor Rony San Miguel Velasquez, Alcides Villafuerte Vizcarra, Frei Vasquez Castillo, Gian Marco Castillo Gomez e Bruno Pacheco Castillo.