Esta foi a captura de um cidadão russo acusado de intervir nos protestos da Greve Nacional.

“Houve um arrombamento na casa dele, às 7 da manhã, e foi quando ele foi capturado”, disse o advogado do cidadão

19-05-2021 Manifestación durante el paro nacional indefinido contra el Gobierno en Colombia POLITICA SUDAMÉRICA COLOMBIA VIZZOR IMAGE

Em 30 de março, seis cidadãos capturados que foram acusados de terem feito parte de uma rede criminosa que movimentou grandes somas de dinheiro da Rússia e que, ao mesmo tempo, teriam feito parte das manifestações da Greve Nacional foram apresentados perante um juiz de garantia. As prisões ocorreram depois que o jornal El Tiempo, entre suas investigações, mostrou que essas pessoas haviam sido parte das desculpas. Sergei Vagin, um deles, identificado como um pseudônimo de 'Servac', confessou ter gravado o que aconteceu nas ruas naqueles dias.

O homem transmitiu ao vivo, através das redes sociais, o que estava acontecendo durante os protestos dos cidadãos. Ele também disse que o dinheiro que recebeu do exterior veio das apostas esportivas que ele costumava fazer, levando em consideração sua experiência como analítico. De acordo com o advogado Francisco González Cifuentes, os vídeos de Sergei durante as manifestações não são significativos de um crime, e não correspondem a uma transmissão jornalística. Por sua vez, ele ressaltou que o homem tem um histórico legal limpo, já que ele nunca teve problemas desse tipo.

“Eu me dedico às apostas esportivas, transmito ao vivo porque era a melhor maneira de fazê-lo, como qualquer um pode fazer e isso não é crime”, disse o cidadão russo em sua defesa. O homem foi capturado no meio de uma operação conjunta entre o Ministério Público e o Exército. As ações foram comandadas pela Décima Terceira Brigada do Exército. Ele foi levado pelas autoridades para o lado de mais seis pessoas que, aparentemente, seriam membros da Linha de Frente.

Ele foi preso no setor Suba. “Houve um arrombamento na casa dele, às 7 da manhã, e foi quando ele foi capturado”, disse o advogado do jornal El Tiempo. O cidadão permanece no bunker do promotor e espera para saber qual é o pedido da acusação.

Além de ser acusado de investir o dinheiro que lhe veio em ações violentas contra as forças públicas colombianas, ele é acusado de transferência não consensual de bens, concerto para cometer crimes, uso ilícito de redes de telecomunicações e acesso abusivo a um sistema de computador.

O dinheiro, levantado em suas acusações, acabou nas mãos de membros da Primeira Linha. Vargin tinha uma licença emitida pela Embaixada da Rússia que lhe permitia circular livremente pela Colômbia. Lá, como mencionado anteriormente, era evidente que ele não tinha registro com o sistema de justiça. O homem chegou a movimentar números entre cinco e 15 milhões de pesos. Para a CIA e a DEA, a história é diferente, segundo essas autoridades, o russo estaria enfrentando uma operação de lavagem de dinheiro e evasão fiscal de mais de 146 milhões de dólares.

Em resposta aos fatos, a Embaixada da Rússia na Colômbia garantiu que eles não tentaram interferir nos assuntos do país desde sua posição. “Nem tentou, nem pretende interferir na vida interna da Colômbia”, dizia o comunicado. Segundo a entidade, qualquer comentário que aponte o contrário é resultado de “insinuações e calúnias”.

A embaixada russa descreveu como 'fake news' as reportagens jornalísticas que afirmam que a Rússia quer intervir na política nacional, de fato, argumentou-se que a Colômbia tem todo o poder para escolher seu futuro. A Rússia quer que a “paz reine” na Colômbia.

Diante do exposto, a Embaixada da Federação Russa expressa sua rejeição categórica a tais insinuações e calúnias, reiterando que a Rússia não tentou nem pretende interferir na vida interna da Colômbia. Os avisos de alguns diplomatas estrangeiros visitantes sobre a interferência russa “quase iminente” nas eleições colombianas de março foram deixados no ar. E assim as coisas vão continuar, não tenha dúvidas.”

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