Da Colômbia à Big Apple: 'Circle of Words', a exposição inaugurada por um artista nacional em Nova York

A galeria, que mostra alguns elementos-chave das culturas da Amazônia colombiana e da América Central, estará aberta ao público e gratuita até 30 de abril.

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Casey Kaplan, uma das galerias mais importantes de Nova York, está hospedando atualmente uma mostra de arte feita na Colômbia; é a exposição 'Circle of Words', que foi desenvolvida em Bogotá pelo artista Mateo López, sendo a primeira colaboração que ele fez com uma empresa nacional de roupas dedicada a fazer de uma forma sustentável.

O foco da casa mostra que esta exposição é composta por paisagens colombianas, bem como suas histórias recentes e aquelas que são mantidas na memória por gerações. Materiais de regiões como a Amazônia e a Andina são reunidos neste processo que foi combinado com a marca Plan Basic, para, dessa forma, lançar 'Roupas que Vivo', levando essa iniciativa a palcos além das galerias.

As exposições finais são colocadas em uma mesa redonda, formando assim uma sequência de objetos, recriando uma prática ancestral em que os espectadores se reúnem em uma fileira para contemplar as exposições; tudo isso em uma maloca, lar onde habitam os povos da Amazônia colombiana.

Segundo o autor, através do conhecimento de histórias ancestrais, a sabedoria é obtida a partir do papel de observador, que transcende através da simbiose gerada no processo. Sobre isso, ele também explica que, desde que morou na Colômbia, essa tem sido a abordagem mais próxima que ele teve com os povos indígenas.

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As comunidades indígenas amazônicas dizem que as coisas falam ou chamam você, o que a antropologia define como animismo. Em termos gerais, essas ideias sobre animismo e cosmologias indígenas amazônicas dizem que objetos, plantas, para uso medicinal ou cerimonial e animais podem ser habitados, são estados de transição nos quais se pode entrar e sair”, explicou López, afirmando ainda que essa região está repleta de uma verdadeira identidade.

Por outro lado, outro destaque de 'Roupas que Vivo' é que combina representações artísticas com a natureza; isso se deve ao trabalho realizado com o povo Tikuna, que levou López a se dedicar a realizar um profundo trabalho de pesquisa e relacionamento com o meio ambiente, bem como com suas espécies . Nesse sentido, e para justificar essa colaboração com a empresa sustentável, as investigações se concentraram nas matérias-primas, rituais e técnicas de fabricação utilizadas.

Para Vicky Rodríguez, a colaboração com o artista de Bogotá foi um evento muito importante nessa tarefa de ressignificar as tarefas realizadas pelas comunidades indígenas, que, em muitas ocasiões, não são bem valorizadas.

“Essa colaboração foi um privilégio para nós servir de tela para um artista como Mateo López, a quem admiramos muito; da mesma forma, nos permite destacar nosso processo criativo como marca, que da sustentabilidade é feito ao contrário”, disse Rodríguez, especificando também que seu design sustentável a proposta é concentrada em algodão orgânico e recuperado e tecidos feitos a partir da reciclagem de garrafas.

Finalmente, esta exposição, na qual os espectadores poderão ver como a bandeira que representa as comunidades dos Andes é coberta com blocos de madeira pintados à mão, formando assim uma pirâmide que simboliza a arquitetura antiga da América Central, estará aberta até 30 de abril e a entrada será gratuita e grátis.

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