O Diretor Geral da AIEA viajou para a Ucrânia para prestar assistência técnica e garantir a segurança das usinas nucleares

Rafael Grossi viajou para a zona de conflito para manter conversações com o governo de Kiev e oferecer apoio rápido em instalações militares.

Guardar
FILE PHOTO: International Atomic Energy
FILE PHOTO: International Atomic Energy Agency (IAEA) Director General Rafael Grossi attends a news conference in Vienna, Austria, March 7, 2022. REUTERS/Leonhard Foeger/File Photo

O chefe da AIEA está na Ucrânia “para manter conversações com funcionários do governo”, a fim de fornecer “assistência técnica” para garantir a segurança das instalações nucleares, disse a agência da ONU em um comunicado na terça-feira.

“O conflito militar representa um perigo sem precedentes para as usinas nucleares e outros locais do país. Devemos tomar medidas urgentes para garantir que eles continuem operando com segurança e reduzir o risco de acidentes”, disse Rafael Grossi, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), no comunicado.

“O objetivo da visita do Diretor-Geral é começar a dar apoio rápido à Ucrânia em instalações militares”, disse a AIEA.

No âmbito da viagem, haverá um “envio de suprimentos vitais de segurança e proteção”, incluindo materiais de monitoramento e equipamentos de emergência.

Grossi indicou que a Ucrânia pediu ajuda e que a organização está respondendo.

Infobae
Rafael Grossi aponta para uma usina ucraniana em um mapa durante uma coletiva de imprensa em Viena, Áustria, em 4 de março de 2022. REUTERS/Leonhard Foeger

Desde o início da ofensiva russa contra a Ucrânia, o alto funcionário alertou repetidamente sobre os perigos representados por este conflito em um país com uma vasta rede nuclear que inclui 15 reatores, além da usina de Chernobyl, onde o maior desastre de energia nuclear da história da a energia atômica ocorreu.

A AIEA informou na segunda-feira que uma instalação de pesquisa nuclear foi danificada na cidade ucraniana de Kharkiv, embora o material nuclear tenha permanecido intacto.

De acordo com seu diretor, Rafael Grossi, a instalação já havia sido atingida por bombardeios durante o conflito, embora não haja risco para a população porque o prédio tem sido usado para pesquisa, desenvolvimento e produção de radioisótopos para aplicações médicas e industriais.

Infobae
Foto de arquivo da estrutura que cobre o reator 4 da usina nuclear de Chernobyl. 5 de abril de 2017. REUTERS/Gleb Garanich/

“Seu material nuclear é subcrítico, não pode haver reação em cadeia nuclear e o inventário radioativo é baixo”, disse Grossi em seu último relatório, acrescentando que a instalação foi atacada no sábado.

“Na atualização de hoje, a Ucrânia disse que o edifício, seu isolamento térmico e a sala experimental foram danificados, mas não a fonte de nêutrons, que contém material nuclear usado para gerar nêutrons para pesquisa e produção de isótopos”, detalhou.

Dos 15 reatores operacionais do país, o regulador observou que oito continuam a operar normalmente, incluindo dois na usina nuclear Zaporiyia controlada pela Rússia, três em Rivne, um em Khmelnytskii e dois no sul da Ucrânia. Os outros reatores estão fechados para manutenção regular.

(Com informações da AFP e Europa Press)

CONTINUE LENDO:

Guardar