“Eles não podem usar a liberdade de expressão para encobrir calúnias e xenofobia”: Gustavo Petro mais uma vez atacou o jornalista David Ghitis

O candidato presidencial chamou o jornalista que recentemente o questionou de “xenófobo da extrema-direita”

Guardar
Colombian left-wing presidential candidate Gustavo Petro, of the Pacto Historico (Historic Pact) coalition, speaks during an election debate at the Externado University in Bogota, Colombia March 29, 2022. REUTERS/Luisa Gonzalez
Colombian left-wing presidential candidate Gustavo Petro, of the Pacto Historico (Historic Pact) coalition, speaks during an election debate at the Externado University in Bogota, Colombia March 29, 2022. REUTERS/Luisa Gonzalez

Gustavo Petro permanece no olho do debate público após chamar o colunista da RCN News David Ghitis de “neonazistas” , assim como a equipe nesse meio. Nas últimas horas ele postou outro trinado em que se despachou contra o personagem em questão e respondeu à dura declaração emitida daquela casa jornalística.

O jornalista José Manuel Acevedo, diretor desse noticiário, disse ao vivo que as declarações do candidato presidencial “colocam imediatamente em risco a vida e a integridade daqueles que trabalham neste meio de comunicação”, disse.

Além disso, do Noticias RCN eles enviaram uma declaração na qual distorceram veementemente as declarações polêmicas do candidato do Pacto Histórico.

“No Noticias RCN repudiamos o discurso de ódio e a estigmatização, pelos danos infinitos à integridade pessoal e moral que lhes são causados. Rejeitamos as alegações de Gustavo Petro, candidato presidencial do Pacto Histórico, que em um trino usou expressões desqualificantes contra o colunista David Ghitis e nós como meio de comunicação, dizendo: “Neonazis na RCN”, diz o comunicado em seu primeiro parágrafo.

Além disso, apontam que o que Petro disse coloca “em extremo risco aqueles que se manifestam no exercício da liberdade de imprensa e de expressão”.

Os comentários anteriores não passaram despercebidos pelo colega líder da Human Colombia, que se manifestou através de sua conta no Twitter e instou a empresa de notícias a repensar o que eles concebem como jornalismo.

“Você não pode usar a liberdade de expressão para encobrir calúnias e xenofobia”, disse o senador, que chamou David Ghitis duramente.

Ghitis, por sua vez, também se referiu à publicação do ex-prefeito de Bogotá e, através de sua conta no Twitter, disse que “uma figura pública e candidato presidencial não pode ser permitido chamar um neonazista que pensa diferente dele mesmo caindo em mensagens de ódio racial. Anuncio que tomarei medidas legais”.

O que Petro disse causou um estigma tão grande no país que a Fundação para a Liberdade de Imprensa (Flip) se manifestou, garantindo que as declarações do candidato “estigmatizam e geram um clima de violência contra a RCN”.

Em um tópico publicado no Twitter, a organização explicou por que as declarações de Gustavo Petro “prejudicam gravemente a liberdade de imprensa”.

Da mesma forma, a entidade destacou que repreender vozes críticas sobre as candidaturas prejudica a possibilidade de os cidadãos se informarem e votarem livremente. “Os candidatos devem entender que seus discursos têm repercussão e podem promover a violência, seu dever é respeitar as opiniões da imprensa”, acrescentou.

Diante das declarações da Flip neste caso, vários internautas saíram da etapa de questionar a organização por “defender” o colunista do RCN. Muitos citaram os trinados do jornalista em que ele faz fortes acusações sem argumentos e criticaram seu rigor jornalístico.

Uma dessas publicações pelas quais Ghitis é criticada é uma foto dos membros do Pacto Histórico eleitos para fazer parte do Congresso no próximo período, com a mensagem: “É relatado que 4 relógios, 6 celulares, 2 carteiras e 7 carteiras foram perdidos na reunião da bancada conjunta do Senado e Câmara de PH.”

CONTINUE LENDO:

Guardar