Alejandro Gertz Manero, chefe da Procuradoria Geral da República (FGR), esteve sob os holofotes recentemente. Na última segunda-feira, o Supremo Tribunal de Justiça da Nação (SCJN) ordenou a libertação imediata de Alejandra Cuevas, que ficou preso na prisão de Santa Martha Acatitla por 528 dias, supostamente responsável pela morte de Federico Gertz Manero, irmão do procurador-geral.
Foi pouco depois das 16:00 horas que a mulher foi liberada. Depois disso, Cuevas pediu para ser recebido pelo presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador (AMLO), para pedir proteção para ela, sua mãe e seus filhos.
Em 2015, Alejandro Gertz Manero relatou à Procuradoria Geral da Cidade do México (FGJCDMX) o assassinato de seu irmão Federico, devido a uma suposta falta de cuidado de sua então parceira Laura Morán, e sua filha, Alejandra Cuevas, razão pela qual sua saúde teria se deteriorado até sua morte. O caso foi reativado em 2019, quando Gertz Manero já estava no comando da FGR, e a chefe do FGJCDMX já era Ernestina Godoy. Até então, o processo prosseguiu e a mulher foi presa.
Na tarde de segunda-feira, a SCJN ordenou por unanimidade o cancelamento do mandado de prisão emitido contra Laura Morán, 98 anos, mãe de Alejandra Cuevas e também acusada de supostamente responsável pelo homicídio doloso de Federico Gertz Manero. Essa sentença inclui o efeito de cancelar o processo penal contra ele.
No entanto, este não é o único escândalo que se seguiu ao Procurador-Geral, pois ele também esteve envolvido em assuntos relacionados à grande fortuna e às propriedades e carros luxuosos que foram descobertos em várias investigações jornalísticas.
Ainda no passado dia 16 de março, o jornal El País divulgou uma investigação jornalística, na qual é noticiado que Gertz Manero possui quatro casas de luxo em Espanha, com um valor superior a cinco milhões de euros, ou 113 milhões de pesos mexicanos. Os ativos do detentor da FGR incluem um apartamento em seu nome no bairro de Los Jerónimos, a área mais cara e central de Madri, e três apartamentos de três andares em Ibiza, que ele controla através de uma imobiliária que possui.
As casas que tem em Ibiza são alugadas no Airbnb, por mais de 6.500 pesos por noite.
No entanto, essas não são as únicas propriedades de luxo que o procurador-geral possui, já que ele possui outras propriedades em outras das cidades mais exclusivas do mundo, como Nova York e Paris. Em outubro de 2021, o jornalista Mario Maldonado anunciou que Gertz Manero é dono de um luxuoso apartamento na Avenida Foch, em Paris, que fica ao pé do Arco do Triunfo. Segundo fontes do jornalista, este apartamento no número 52 da avenida custa aproximadamente 45 milhões de pesos.
Em dezembro do ano passado, duas propriedades do detentor da FGR também foram exibidas em Nova York e Santa Monica, nos Estados Unidos. Um desses edifícios, de propriedade de Gertz Manero, está localizado em um edifício Art Déco na 5ª Avenida, com vista para o Central Park. De acordo com informações divulgadas pela Univision, até dezembro seu valor era de cerca de 60 milhões de pesos.
O prédio localizado em Santa Monica pelo funcionário teria custado 1,1 milhão de dólares, ou cerca de 22 milhões de pesos à taxa de câmbio atual, em 2007, quando atuou como presidente da Federação Mexicana de Instituições de Ensino Superior.
No entanto, o promotor não só esteve envolvido em escândalos imobiliários, ele também esteve envolvido em compras de carros de luxo.
Em dezembro de 2021, foi anunciado que, de acordo com dados da Unidade de Inteligência Financeira (FIU), entre 2014 e 2015, o Procurador-Geral comprou 122 carros de luxo, no valor de 109 milhões 775 mil 339 milhões de pesos. Principalmente, os carros eram Mercedes Benz e, de forma relevante, um Rolls Royce.
Além disso, em seus escândalos também há algumas transferências internacionais para grandes quantias de dinheiro, por exemplo, 4.319.755 pesos destinados à Mercedes Gertz em uma conta da Wells Fargo nos Estados Unidos. Além disso, em 2013, ele transferiu 103 mil euros para a Espanha. No mesmo período, recebeu US$ 4 milhões de uma conta do Bank of America e US$ 37.858 da Universidade das Américas, entre outros, segundo a UIF.
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