A invasão de hipopótamos tem sido estudada há alguns anos na Colômbia, porque desde que o traficante desaparecido Pablo Escobar, em uma decisão extravagante, ordenou que três fêmeas e um macho de hipopótamo fossem trazidos, eles só se reproduziram desde o início dos anos 80.
Desde então, as implicações dessa espécie de mamífero são conhecidas em um lugar como Magdalena Medio, que não é seu habitat natural e, portanto, gera danos ecossistêmicos bastante complicados.
Um desses danos pode ser que, sendo uma espécie invasora, consegue deslocar outras espécies animais importantes dentro do comportamento espontâneo da natureza que brota lá, bem como plantas que, em última análise, não crescem, pois são submetidas ao peso corporal que os hipopótamos exercem no solo, como disse Germán Jiménez, biólogo especialista no tema.
Outra grande complicação que ocorre é devido às fezes do animal, pois, segundo especialistas, eles fazem com que os rios se sobrecarreguem com matéria orgânica, fazendo com que a água mude suas condições para a vida de outros animais.
No entanto, o risco que esses animais representam para a população residente nesta região é latente, uma vez que os hipopótamos são conhecidos por serem territoriais e, às vezes, ataques, não fatais, ocorreram em algumas pessoas até agora.
Mas, além de tudo isso, há um problema que quase não é falado no país e talvez tenha passado despercebido, até mesmo pelas autoridades e que é o tráfego que estaria ocorrendo nesses animais, conforme se lê no portal Mongabay em um artigo datado de novembro de 2021.
Enquanto isso, as lentes da mídia falam de uma situação que teria ocorrido nos últimos meses, mas que aparentemente já foi controlada. O exemplo mais claro e recente foi a replicação constante de um vídeo nas redes sociais que mostra como eles dão água a um jovem hipopótamo.
O vídeo foi publicado nas redes sociais pelo portal Mongabay em novembro de 2021. No entanto, o vídeo e outros materiais gráficos teriam sido usados por diferentes mídias sem a permissão do autor e como se fosse recente.
O caso do hipopótamo de estimação em Doradal, Antioquia, teria acontecido há vários meses, por isso não corresponde à realidade. Embora tenha havido suspeitas de tráfico desses animais, ainda não há relatório das autoridades especificando tal eventualidade pelo menos até agora em 2022, como alguns meios de comunicação disseram há alguns dias.
Isso poderia comprometer a integridade da família que supostamente adotou o animal, porque os vizinhos, embora tenham aprendido, por assim dizer, a conviver com esses mamíferos gigantes também tendem a temê-los e respeitá-los, por isso não estariam dispostos a mantê-los tão perto para explicar a irresponsabilidade de alguns habitantes da região.
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