As vítimas civis da invasão russa da Ucrânia são, até agora, 1.179 de acordo com dados do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), que detalhou que 1.860 outros foram feridos.
A maioria foi ferida ou morta devido ao uso de explosivos, incluindo bombardeios de artilharia pesada e sistemas de lançamento de mísseis. Também por causa de ataques aéreos, de acordo com o escritório da ONU.
O ACNUDH acredita que o balanço é “consideravelmente maior”, uma vez que áreas em que ocorrem intensas hostilidades atrasam a entrega de dados e muitas informações ainda precisam ser corroboradas, por exemplo em Mariupol ou Volnovakja, na região de Donetsk.
Nove mortos em Mikolaiv
Pelo menos nove pessoas morreram e 28 ficaram feridas na terça-feira num ataque russo que destruiu parcialmente a sede do governo regional em Mikolaiv, uma cidade ucraniana perto de Odessa, de acordo com um novo balanço do Ministério Público ucraniano.
“De acordo com a investigação (...), as forças armadas russas lançaram um ataque com mísseis” contra este edifício e “há atualmente nove mortos e 28 feridos”, anunciou a assessoria de imprensa da procuradora-geral Iryna Venediktova.
“Equipes de resgate, investigadores da SBU [serviços de segurança ucranianos] e da polícia” estão destacados no local, acrescentou.
Nenhum alvo militar foi atacado, “os habitantes de Mikolaiv não representavam ameaça para a Rússia”. E, no entanto, como todos os ucranianos, eles se tornaram alvos das tropas russas”, disse o presidente durante uma intervenção perante o Parlamento dinamarquês.
O governador regional Vitaly Kim disse no Facebook que as equipes de resgate estavam procurando “oito civis e três soldados” sob os escombros.
Kim disse que “metade do prédio foi destruído” e que seu escritório foi atingido.
Os russos “perceberam que não podiam levar Mikolaiv e decidiram me cumprimentar, cumprimentar a todos nós”, ironizou.
Até agora, mais de 3,9 milhões de pessoas deixaram a Ucrânia desde que a Rússia lançou sua ofensiva militar em 24 de fevereiro, de acordo com o Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR), que estima que mais de dez milhões de ucranianos tiveram que deixar suas casas em um mês.
A cidade portuária de Mikolaiv registrou ataques das forças russas há semanas. Em 19 de março, um bombardeio lançado da região de Kherson deixou dezenas de mortes, a grande maioria delas militares.
Na terça-feira, Valentin Reznichenko, responsável pela administração militar regional de Dnipropetrovsk, disse que as tropas russas realizaram uma série de ataques na área.
No distrito de Novomoskovsky, um míssil atingiu uma fazenda e pelo menos uma pessoa ficou ferida, de acordo com a agência de notícias UNIAN. Outro míssil teria caído na região de Nikopol.
(Com informações da AFP, EuropaPress)
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