O Movimento Nacional de Regeneração (Morena) está novamente no olho do furacão e desta vez foi devido a supostos atos de corrupção por Úrsula Patricia Salazar Mojica, coordenadora da festa da cereja no Congresso Tamaulipas, após o vazamento de alguns áudios nas redes sociais.
No entanto, a questão tornou-se mais relevante porque o legislador local se apresentou como sobrinha do presidente Andrés Manuel López Obrador (AMLO), então as críticas aumentaram à medida que o presidente mexicano chegou à Presidência da República com um discurso de austeridade.
E é que, de acordo com a gravação que circulou, Salazar Mojica poderia supostamente ser ouvido conversando com um prestador de serviços do congresso de Tamaulipan que lhe pede para “inflar” uma conta para que o morenista possa coletar o dinheiro em dinheiro.
O áudio também ouviu a resposta do suposto provedor que aceita que tal movimento seja feito, pelo valor que o legislador deseja, desde que ambos “se beneficiem” da transação.
Diante da polêmica que foi fortemente questionada por alguns setores do público, começaram a circular dúvidas sobre quem era a morenista e qual foi sua carreira política no palco mexicano ou, melhor, em Tamaulipas.
Úrsula Patricia Salazar é filha de Úrsula Mojica Obrador, que, segundo várias fontes, era prima do chefe do Executivo Federal e que morreu em 24 de julho de 2020 devido à COVID-19.
No entanto, sua proximidade de sangue entre o presidente e o legislador local foi “confirmada” por ela mesma em 1º de julho, quando lembrou, por meio de uma mensagem no Twitter, a vitória de López Obrador nas eleições de 2018.
Com base nas informações que ela mesma mencionou em diferentes entrevistas, Salazar Mojica se aventurou na política durante a campanha presidencial de 2006, quando se juntou à equipe do então chefe de governo do Distrito Federal.
No entanto, foi até 2018 que ela se tornou a delegada eleita de Morena para as eleições nacionais e mais tarde para o comitê de Tamaulipas. Três anos depois, no processo eleitoral de 2021, ela se inscreveu como candidata a deputada local e conseguiu chegar ao cargo.
Foi até, meses depois, em 23 de março, que ela devolveu seu nome à imprensa local por ter sido nomeada coordenadora do partido da cereja no congresso estadual, substituindo o deputado Armando Zuche Zuani, que também atuou como presidente do Conselho de Coordenação Política (Jucopo) e perdeu seus cargos por problemas internos.
Fora da política e Morena, até 2017 trabalhou como gerente de projetos na Faculdade de Educação Profissional Técnica (Conalep) em Tampico.
Enquanto isso, em resposta à transmissão dos áudios, a recém-nomeada coordenadora do grupo parlamentar de Morena no Congresso de Tamaulipas garantiu que não conhece o vazamento de áudio, que tem as mãos limpas e que faz “parte da guerra suja” contra ela.
Em entrevista à saída da paróquia católica de Santiago Apóstol, no município de Altamira, Salazar Mojica afirmou que não pediu nada e que conhece suas ações. “O que posso dizer é que nunca fui corrupta, uma traiçoeira e nunca roubei”, concluiu ela.
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