No domingo passado, Francia Márquez, candidata à vice-presidência do Pacto Histórico, denunciou através das suas redes sociais que recebeu várias ameaças de morte das auto-descritas “Águias Negras”, um grupo paramilitar de extrema-direita. Portanto, a também ativista ambiental pediu ao presidente, Iván Duque, para garantir sua segurança e a de outros líderes sociais:
“Não basta calúnias, manifestações racistas, mas em menos de um mês fui ameaçado de morte duas vezes, junto com outros líderes sociais. Senhor Presidente Ivan Duque, peço que garanta minha integridade física, a de minha família e dos líderes mencionados aqui”, escreveu a fórmula vice-presidencial de Gustavo Petro, juntamente com uma foto das cartas enviadas pelo grupo armado.
Da mesma forma, Márquez afirmou que já teve problemas com seu esquema de segurança em ocasiões anteriores. “Espero que a Procuradoria-Geral da República consiga investigar esses fatos. Espero que a impunidade não ganhe desta vez”, disse em outro trinado.
Horas após esses alertas, o diretor da Unidade Nacional de Proteção (UNP), Alfonso Campo, garantiu através de sua conta no Twitter que a segurança da política colombiana está garantida, assim como a de todos os candidatos nas eleições.
“A segurança do @FranciaMarquezM é garantida. Ele tem um esquema de proteção robusto, para todo o país, por @UNPColombia. Ela e todos os candidatos à Presidência e Vice-Presidência da República recebem proteção desse governo que defende a democracia”, disse o diretor em primeira instância.
“Seguindo as instruções do Sr. Presidente @IvanDuque, articulamos com @MinInterior de #PlanAgora || e #PlanDemocracia para estender todo o escopo institucional e sempre colocá-lo a serviço das garantias democráticas. É assim que combatemos os violentos”, acrescentou.
No final do dia de eleições legislativas e consultas interpartidárias, o Presidente Duque afirmou que, para a primeira e segunda voltas presidenciais, que estão marcadas para maio e junho, respetivamente, o Governo fornecerá “todas as garantias e todas as necessárias apoio à organização eleitoral”.
Da mesma forma, o chefe de Estado disse que os programas de segurança e a presença das forças de segurança em diferentes pontos de votação continuarão. “Tanto o plano agora quanto o plano de democracia são mantidos. Todos os esquemas de segurança para candidatos presidenciais serão reforçados. O Ministério do Interior estará em contato constante com eles para que tenham todas as garantias para realizar suas campanhas”, disse.
Segundo dados do Ministério da Defesa, no último dia da eleição havia cerca de 240.000 funcionários uniformizados destacados em todos os municípios do país. As autoridades “garantiram que as mais de 12.200 assembleias de voto possam realizar a votação com liberdade e segurança”, disse o chefe desse portfólio, Diego Molano.
As autoridades, por exemplo, têm como alvo uma rede de cidadãos russos, que estaria alugando contas de poupança de pessoas de classe baixa e média para depositar grandes quantias de dinheiro na Colômbia. Uma investigação publicada pelo Noticias RCN mostrou que esses procedimentos fariam parte de uma operação transnacional de lavagem de dinheiro e espionagem, cujo objetivo seria “financiar grupos que buscam desestabilizar a ordem pública e interferir no próximo dia eleitoral”.
A Unidade de Informação e Análise Financeira (UIAF) acompanhou os movimentos de dinheiro desde 2018, o que indicaria que mais de 146 milhões de dólares haviam sido lavados até o momento.
CONTINUE LENDO: