“Eu gostaria que houvesse uma equipe de conselheiros culturais dentro dos canais”: Mauro Castillo após sua participação no Oscar

Além disso, ela revelou o espanto da tenista Serena Williams quando lhe disse, no meio da gala, que na Colômbia grande parte da população é afro

Antes do que aconteceu com Will Smith e Chris Rock no meio da gala do Oscar Awards, o tema central era 'Encanto' e as intervenções colombianas de sua trilha sonora, especificamente músicas como 'Dos Oruguitas' (de Sebastián Yatra) e 'Não se fala de Bruno', onde Carolina Gaitan e Mauro Castillo inaugurou a apresentação desse sucesso.

Precisamente, foi o ator vallecaucano que se referiu a esta apresentação que, além de elogios dentro e fora do Dolby Theatre, em Los Angeles, recebeu fortes questionamentos sobre as intervenções de cantores como Becky G e Luis Fonsi, que não fizeram parte do elenco do filme inspirado em Colômbia e que, aliás, ganhou uma estatueta na categoria de melhor filme de animação.

Na manhã desta segunda-feira, o ator conhecido por sua atuação de 'Wilson Manyoma (Saoko) 'na série 'El Joe: a lenda', referiu-se na W Radio à apresentação emocionada que teve com Gaitan e as impressões que deixou em quem assistiu ao mini concerto, revelando que imaginava estar em um palco visto por muitas partes do mundo, como o Oscar.

“(...) Sou um sonhador e sei que para atingir os objetivos é preciso me preparar e me preparar; na verdade, é por isso que me separei do Grupo de Nicho, porque precisava continuar crescendo e fazendo as coisas. Se eu tivesse ficado no Niche Group, não teria escrito para Oscar D' León, nem teria escrito para o Maestro Joe Arroyo, nem teria produzido Charlie Zaa, e não teria tido uma música como 'Viene y se va' que quebrou recordes”, disse o artista nascido em Cali.

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No meio da conversa com a mídia mencionada, Castillo se referiu à importância de seu chamado da Disney para se juntar ao elenco de 'Encanto' e o relacionou à sua carreira de ator, que anda de mãos dadas com sua faceta como cantor, acrescentando que “na minha carreira é incrível” e que sua intervenção no filme não foi exceção.

“Sinto que toda vez que coloco minha voz onde tive a oportunidade, foi assim. No álbum 'Absolute Control', quando o maestro Jairo Varela me deu a oportunidade, pude fazê-lo, e em 'El Joe, la leyenda' quando toquei Wilson Manyoma, eles me deram essa oportunidade”, acrescentando que, na Colômbia, diferentes ideias artísticas receberam continuidade. No entanto, ele indicou que não há clareza sobre o nível de importância que um ator ou cantor afro que queira aparecer nas duas indústrias deve ter.

“Gostaria que houvesse uma equipe de conselheiros culturais dentro dos canais, porque continuo vendo romances que eles gravam e não há presença do que aparece no TransMilenio, em El Mío ou no transporte de massa de Barranquilla”, alertou Mauro Castillo, que no meio da entrevista ficou surpreso com conheça Serena Williams na gala do Oscar e muito mais quando ela lhe contar seu conceito sobre o país.

Ele me disse -Williams- 'Parabéns', e eu disse 'Obrigado... sim, eu venho de Cali', e ela me disse 'Como há uma população agro na Colômbia? 'E eu respondi 'Sim, claro, somos cinco milhões' [Risos]. Imagine se um filme estrangeiro destacar que todos com tons de pele diferentes se sentam na mesma mesa, conversam e compartilham. Isso é diferente”, disse a cantora com espanto.

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