Dissidentes queimaram veículo de serviço público entre Angostura e Yarumal (Antioquia)

Segundo as autoridades, membros do grupo armado plantaram explosivos na estrada com a intenção de atacar as forças de segurança

Em eventos ocorridos na manhã de domingo, 27 de março, homens armados que se identificaram como dissidentes das FARC pararam um ônibus de serviço público na rodovia Angostura-Yarumal, forçaram os passageiros a abandonar o veículo e depois atearam fogo nele na estrada.

Embora nenhuma vítima tenha sido relatada, as autoridades relataram interferência na área do Residual 36, que alegaram ser responsável pelo ataque.

Para o secretário de Segurança Humana de Antioquia, Luis Fernando Suárez, o grupo armado instalou explosivos na estrada para atacar as forças públicas:

“Entre Yarumal e Angostura, um ônibus foi queimado e, aparentemente, dispositivos explosivos foram instalados como isca para que, com a chegada das forças públicas, um ataque fosse cometido. Eles estão no terreno verificando a situação e estamos de olho nas notícias”, informou o funcionário.

Os explosivos foram detonados de forma controlada pelas autoridades; o ônibus de serviço público cobria a rota Yarumal-Angostura. Após os eventos relatados, foram realizadas operações para encontrar os responsáveis por esse fato.

De acordo com relatórios oficiais, as operações são realizadas pelo Comando da Polícia de Antioquia e pela Quarta Brigada do Exército. Da mesma forma, eles não descartam a versão de que o ataque foi direcionado à empresa de transporte como forma de extorquir dinheiro dela pelos lucros que relatam na área.

Alias “Nicholas”, extraditado para os Estados Unidos

A Suprema Corte de Justiça endossa a extradição do apelido “Nicolás” para os Estados Unidos por tráfico de drogas. Foto: Police

As autoridades colombianas confirmaram a extradição de Carlos Antonio Moreno Tuberquía, vulgo “Nicolás”, que era o segundo no comando da estrutura criminosa, chamada de Clã do Golfo.

O criminoso foi o sucessor de Dairo Antonio Úsuga, vulgo 'Otoniel', que foi capturado durante 2021 pelas forças públicas do país. Nessa linha, na manhã desta sexta-feira, 25 de março, na base aérea de Catam, começou a transferência de Nicholas, solicitada pelos tribunais de Nova York e Miami, nos Estados Unidos.

Os crimes pelos quais Nicholas foi extraditado têm a ver com os crimes de concerto para cometer um crime agravado e tráfico, fabricação ou transporte de narcóticos. Por isso, o Governo dos Estados Unidos, através de votos verbais, solicitou “detenção provisória para efeitos de extradição” do pseudônimo 'Nicolás.

De fato, essa decisão foi legalizada desde 2018. “Com sua extradição, ratificamos nossa cooperação com os países aliados na luta contra esse flagelo, que ceifou milhares de vidas na Colômbia e no mundo”, disse o presidente Iván Duque na época por meio de sua conta no Twitter.

Deve-se notar que, além da decisão do Estado colombiano, em 23 de fevereiro deste ano, foi anunciada a renúncia do segundo no comando do Clã do Golfo perante a Jurisdição Especial para a Paz (JEP). Lá, Moreno Tuberquia disse aos magistrados que sua intenção ao se submeter ao Tribunal de Paz nunca foi usá-lo para se proteger da extradição, então retirou o pedido.

“Expresso minha intenção de renunciar à garantia constitucional de não extradição, caso a jurisdição seja aceita pela jurisdição, não é do meu interesse evitar o pedido de extradição que está contra mim no que diz respeito ao procedimento que ocorre nesta jurisdição”, o artigo lê.

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