Bloomberg suspendeu suas operações na Rússia e na Bielorrússia devido à guerra na Ucrânia

A empresa indicou que os clientes nesses dois países não poderão acessar nenhum dos produtos financeiros da empresa.

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A Bloomberg LP, empresa de software financeiro e controladora da agência Bloomberg News, decidiu suspender suas operações na Rússia e na Bielorrússia em resposta à invasão da Ucrânia.

De acordo com informações da própria agência, os clientes desses dois países não poderão acessar nenhum dos produtos financeiros da empresa, incluindo seus terminais de dados, amplamente utilizados por profissionais de finanças.

Além disso, as opções para negociar vários títulos russos por meio de suas plataformas também foram desativadas em conformidade com as sanções impostas pelos Estados Unidos e outros países, e as ações de empresas russas foram retiradas dos índices globais da Bloomberg.

A empresa se junta a muitas multinacionais nos Estados Unidos e em outros países - bancos, alimentos, móveis, roupas ou catering - que nas últimas semanas decidiram interromper total ou parcialmente suas atividades na Rússia em resposta à invasão da Ucrânia.

Em 4 de março, a Bloomberg já havia anunciado a suspensão do trabalho de seus jornalistas na Rússia, após a aprovação de uma lei que prevê até 15 anos de prisão por divulgar o que Moscou pode considerar como “informação falsa”.

Por outro lado, a Bloomberg Philanthropies, a instituição de caridade criada pelo fundador da empresa, Michael Bloomberg, prometeu US $40 milhões para apoiar o trabalho humanitário do Comitê Internacional de Resgate das ONGs e da World Central Kitchen, a fundação do chef espanhol José Andrés.

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Credit Suisse suspendeu a abertura de qualquer novo negócio na Rússia (Reuters/Arnd Wiegmann)

Por sua vez, o segundo maior banco da Suíça, o Credit Suisse, confirmou na segunda-feira que suspendeu a abertura de qualquer novo negócio na Rússia devido à atual guerra na Ucrânia, observando também que alguns de seus funcionários em território russo foram realocados para outros países ou estão no processo de ser realocado.

Em uma mensagem enviada à EFE, o banco com sede em Zurique também indicou que continua trabalhando para reduzir sua exposição ao crédito na Rússia, bem como a de seus clientes naquele país.

Em 10 de março, o banco suíço divulgou créditos líquidos na Rússia no valor de 848 milhões de francos suíços (829 milhões de euros), o que considerou um risco de exposição “baixo”.

Também detalhou que os ativos líquidos de suas subsidiárias russas Bank Credit Suisse (Moscou) e Credit Suisse Securities (Moscou) totalizavam 195 milhões de francos suíços (190 milhões de euros) no final de 2021.

O banco tem um escritório em Moscou com cerca de 125 funcionários trabalhando para as divisões de investimento e gestão de patrimônio.

Diante da crescente pressão do Ocidente, a Rússia está preparando um documento para impor restrições de visto aos cidadãos de “países hostis” em retaliação por medidas semelhantes tomadas contra eles, disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, na segunda-feira.

O documento em questão será um decreto presidencial, disse o chefe da diplomacia russa em uma reunião com deputados do partido no poder, Rússia Unida.

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Rússia prepara restrições de visto para “países hostis” (REUTERS)

“Um projeto de decreto sobre medidas de visto está sendo desenvolvido atualmente em retaliação às ações hostis de vários países estrangeiros”, disse Lavrov. Ele acrescentou que os novos regulamentos “introduzirão uma série de restrições à entrada no território da Rússia”.

“Acho que essa etapa expandirá as ferramentas para influenciar várias categorias de cidadãos estrangeiros. Em primeiro lugar, contra aqueles que estão envolvidos em crimes contra cidadãos russos no exterior”, disse.

Em segundo lugar, aqueles que cometem injustamente perseguição legal contra nosso povo. E, finalmente, aqueles que tomam decisões irracionais que violam os direitos e interesses legítimos dos cidadãos e organizações da Federação Russa”, acrescentou.

O Governo russo adotou no passado dia 8 uma lista de países e territórios hostis, que inclui os EUA e o Canadá, todos os países membros da União Europeia (UE), Reino Unido, Ucrânia, Montenegro, Suíça, Albânia, Andorra, Islândia, Liechtenstein, Mónaco, Noruega, San Marino, Norte Macedônia, Japão, Coreia do Sul, Austrália, Micronésia, Nova Zelândia, Cingapura e Taiwan.

(Com informações da EFE)

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