Assassinato de Hety, “Rei do Crioulo”, teria sido por engano, de acordo com a acusação

Atos de intolerância e conflito entre famílias em La Zona, bairro em que o artista caiu, seriam causas determinantes na investigação liderada pelo acusador

Guardar

Fabian Pérez Hooker, que era conhecido como San Andrés como Hety, teria sido causado por um ato de intolerância em que ele não era o alvo, informou a Procuradoria-Geral da República.

Hety, “rei do crioulo”, foi baleado várias vezes em sua residência enquanto conversava com outros dois amigos, e morreu 24 horas após o incidente, apesar dos médicos tentarem mover o músico para o centro do país para recuperar lesões internas.

Para o Ministério Público, o alvo do ataque foi Hillbor Allen Pusey Rodriguez, um amigo de Hety, que estava ao seu lado quando ocorreu o tiroteio. Pusey Rodriguez, junto com Minerva Venecia Hooker James, ficaram feridos.

Ao fazer um balanço dos fatos, o promotor Francisco Barbosa Delgado informou que o promotor capturou Dixon Denzel Manuel Watson, vulgo “Pago”, a quem disse ser o responsável pelos acontecimentos que abalaram a ilha.

Em depoimento coletado pelo EL TIEMPO, Barbosa indicou que “Evidências testemunhais, exames fotográficos e inspeções técnicas da cena permitiram identificar o pseudônimo “Pago” como a pessoa que, aparentemente, estava pilotando a motocicleta de onde ocorreu o ataque a Hety e seus companheiros. ”

Os eventos, ocorridos no bairro de La Zona - um dos mais violentos da ilha - estariam relacionados à intolerância e envolveriam brigas dentro desta cidade.

Houve um acordo prévio para o crime, o preso sabia o que estava fazendo”, ressaltou Barbosa, que questionou que a vítima estava indefesa quando foi atacada.

Além disso, de acordo com EL TIEMPO, na reconstrução dos eventos, ele indicou que enquanto as três pessoas estavam conversando em uma casa no setor de Mission Hill quando foram atacadas por uma motocicleta preta na qual Pago e Joshua Smith Vargas estavam se mobilizando. Este último teria dito a Pago que viu Pusey Rodríguez no local.

Aparentemente, o homem do churrasco mudou e seria Joseph David Cadena, a quem o Ministério Público atribuiu a responsabilidade pelo ataque a Rodríguez e seus companheiros. Esse sujeito foi identificado pela promotoria como responsável pela morte de Hety.

Deve-se notar que parentes do artista indicaram que o cantor nunca havia recebido ameaças além de ter um longo relacionamento de 15 anos com Pusey, que prestou uma versão gratuita perante o Ministério Público.

Ele reconheceu aqueles que tentaram sua vida, e a de Hety, e relatou que ele fazia parte da banda alias “Ñoño”:

“Todo mundo sabe o que está acontecendo na área, há um problema que surge há mais de sete anos entre minha família e uma banda; eles decidiram que todos com o nome Pusey iriam acabar com eles e essa é a história.”

A peça chave foi a confissão de Pusey de que a morte de Hety foi involuntária: “aqueles tiros foram contra mim, Hety não teve nada a ver com aquela gangue ou com minha família, eles chegaram, atiraram indiscriminadamente”.

Alias “Pago” não aceitou as acusações feitas pelo Ministério Público, razão pela qual ele foi enviado para a cadeia por causa do risco que representava para a sociedade, bem como a gravidade disso causou uma onda de protestos em San Andrés Islas.

Em Contexto | Motins e marchas em massa em San Andrés após o assassinato da artista e líder social 'Hety' - Infobae

CONTINUE LENDO:

Guardar