As eleições na Colômbia estão cada vez mais perto de definir o nome do novo presidente do país. No meio dessa corrida, as declarações públicas dos candidatos continuam sendo ouvidas sobre os planos de governo que eles têm no caso de chegar ao chefe de estado. Nos últimos dias, Federico Gutiérrez explicou qual é seu plano para iniciar um projeto de trabalho por hora. Gustavo Petro, em suas redes sociais, questionou a medida e deu sua opinião sobre ela.
“É muito importante falar sobre reforma trabalhista sem afetar as garantias dos trabalhadores, você olha como existem algumas maneiras de trabalhar onde não é em tempo integral, mas você pode fazê-lo mesmo por hora”, disse Federico Gutiérrez, em seu discurso ao Notícias Caracol.
Em resposta ao que Fico disse, Petro destacou em sua conta no Twitter que: “O trabalho por hora leva à redução salarial e à máxima instabilidade no emprego. O contrato de trabalho deve ser emprego e garantir estabilidade ao longo do tempo com benefícios sociais para o trabalhador”.
Em resposta a Petro, Gutierrez defendeu sua proposta e argumentou que o que ele quer fazer é atacar o trabalho informal. Segundo ele, é preciso buscar regulamentação e assim garantir tudo o que a lei oferece, ou seja, cobertura de saúde e previdência. “Nunca irei contra os direitos dos trabalhadores. E, Petro, você tem que ler pelo menos as regras. O trabalho por hora foi permitido há 70 anos na Colômbia. É uma figura do Código Substantivo do Trabalho”, disse Federico Gutiérrez.
O debate não terminou aí e Gustavo Petro respondeu que “o trabalho por hora desvaloriza os salários e acaba por completo com a estabilidade do emprego, que é uma forma de destruir a sua produtividade: a base da riqueza (...) Proponho um pacto entre a força de trabalho e os empregadores para aumentar a estabilidade do emprego no país”, disse.
Vale ressaltar a grande diferença que existe entre os dois candidatos. “É por isso que falo com todas as bases sociais, não é uma eleição qualquer, é 'a' escolha 'e é disso que depende o futuro da Colômbia. Isso não é um jogo, projetos populistas autoritários que colocam democracias em risco querem vir através de democracias que eles mesmos não conhecem, mas olha que engraçado para um (Gustavo) Petro e essas pessoas, que dizem que não há democracias na Colômbia, mas que na Venezuela eles fazem. Vamos ver. Onde estamos parados? Eles querem caos e violência e nós queremos ordem e oportunidade”, disse Fico em entrevista à Infobae.
Gustavo Petro, de acordo com a pesquisa do Centro Nacional de Consultoria, tem 32% da intenção de votar nas eleições de 29 de maio na Colômbia. Federico “Fico” Gutiérrez, por sua vez, de acordo com a pesquisa, atinge 23%. A pesquisa foi realizada entre os dias 18 e 19 de março para 2.143 pessoas de 45 municípios de diferentes regiões do país. Tem uma margem de erro de 2,1%.
“Federico Gutiérrez escapou do lote, disparando 19 pontos percentuais, passando de 4% em fevereiro para 23% em março, e tornou-se o principal rival de Gustavo Petro que subiu cinco pontos percentuais no mesmo período”, lê-se no estudo. Por outro lado, a Grand Poll, contratada por El Pais, Noticias RCN, RCN Radio, NTN24, La FM, La República, El Colombiano, El Heraldo, El Universal, Vanguardia Liberal e La Patria, com a empresa Yanhaas, indicou que haveria um segundo turno presidencial e que Gustavo Petro e Federico Gutiérrez seriam os que disputariam a posição para a Casa de Nariño.
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