Mais de 20 golfinhos foram encontrados mortos em uma praia no Mar Negro, em Istambul, levando especialistas a questionar se suas mortes estavam relacionadas à guerra na Ucrânia, informou a mídia turca no sábado.
Um voluntário de uma ONG que ajuda animais de rua encontrou os corpos de 24 golfinhos em uma praia em Agacli, norte de Istambul, localizada às margens do Mar Negro, e alertou as autoridades, de acordo com o canal privado turco NTV.
A gendarmaria coletou os restos mortais dos animais para determinar a causa de sua morte.
“A costa do outro lado (Ucrânia) é uma zona de guerra. Eles morreram por causa dos produtos químicos na água? A causa deve ser determinada”, disse Gurkan Gazoglu, o voluntário que encontrou os golfinhos mortos, à NTV.
“Há um mês houve um aumento extraordinário no número de golfinhos encontrados mortos na costa ocidental do Mar Negro, na Turquia”, disse a fundação turca de pesquisa marítima em comunicado no sábado.
A maioria dos golfinhos morreu presa em redes de pesca ou redes de arrasto, mas o motivo do aumento sem precedentes nesses casos e sua concentração no Mar Negro permanece inexplicável, segundo a fundação.
As Ilhas Faroé estão considerando limitar seu tradicional abate de golfinhos
As Ilhas Faroé, um território autônomo dinamarquês, anunciaram em fevereiro passado que as discussões começaram sobre o futuro de sua controversa caça aos golfinhos, e uma decisão é esperada nas próximas semanas.
Uma petição com quase 1,3 milhão de assinaturas de todo o mundo pedindo a proibição da caça tradicional foi apresentada segunda-feira ao governo das Ilhas Faroé, disseram à agência de notícias AFP o gabinete do primeiro-ministro e grupos de conservação de baleias.
Em uma reunião na terça-feira em Torshavn, o governo discutiu as conclusões de uma reavaliação que o primeiro-ministro Bardur e Steig Nielsen ordenaram em setembro, depois que o massacre incomumente grande de mais de 1.400 golfinhos flanqueados brancos do Atlântico provocou protestos.
“Foi um primeiro encontro. Nenhuma decisão foi tomada”, disse à AFP um funcionário do gabinete do primeiro-ministro.
Ele acrescentou que uma decisão final era esperada “em algumas semanas”, e havia “várias opções” na mesa.
Na tradição faroesa conhecida como “grindadrap”, ou “grind” para abreviar, os caçadores cercam golfinhos ou baleias com um amplo semicírculo de barcos de pesca e os levam a uma baía rasa onde estão encalhados.
Na costa, os pescadores os matam com facas.
Todo verão, imagens da caça sangrenta são manchetes em todo o mundo e provocam indignação entre os defensores dos direitos dos animais que consideram a prática bárbara.
Mas a caça ainda goza de amplo apoio nas Ilhas Faroé, onde os apoiadores apontam que os animais alimentam a população local há séculos.
Normalmente, cerca de 600 baleias são caçadas a cada ano dessa maneira.
Mas a caça aos golfinhos em 12 de setembro de 2021 no Fiorde Skala foi muito maior, levando a um protesto internacional e forçando o governo a reconsiderar a prática.
(Com informações da AFP)
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