Ainda há consternação com o assassinato de Alcibíades Moreno, que foi o porta-voz dos guaqueros artesanais em Muzo. Alcibaídes, vinha avançando os pedidos de membros da comunidade para trabalharem nas áreas áridas ou remanescentes das multinacionais responsáveis pela exploração dos recursos colombianos.
De acordo com Rafael Moreno, irmão de Alcibíades, seu irmão havia recebido repetidamente ameaças de morte, então ele espera que haja uma investigação que não permita que o assassinato de seu irmão fique impune.
“Ele tinha sua esposa, quatro filhos; estamos pedindo às autoridades que façam justiça e esclareçam esses fatos. Não queremos violência, mas paz para o nosso município”, disse Rafael Moreno à estação de rádio La W.
Da mesma forma, mineiros da região e da comunidade do município de Muzo solicitam uma investigação minuciosa para chegar aos responsáveis por esse homicídio, além de pedir acompanhamento aos líderes comunitários da área para não ficarem atentos a grupos criminosos.
O assassinato de Alcibíades Moreno Moreno, reconhecido por defender os direitos dos mineiros artesanais na área esmeralda de Muzo, no oeste de Boyacá, atingiu um número íngreme de 45 líderes sociais assassinados no país, de acordo com o acompanhamento contínuo do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento e Paz (Indepaz).
De acordo com as informações preliminares que obtiveram daquela ONG, Moreno foi morto por homens armados que chegaram à sua casa no município de Muzo. Enquanto na estação de rádio regional Boyacá Noticias 95.6, eles indicaram que o incidente ocorreu na quinta-feira, quando o líder social assistiu ao jogo da seleção colombiana contra a da Bolívia.
“Aparentemente, o líder social teria recebido seis ferimentos de bala em diferentes partes de seu corpo durante o ataque. A primeira pessoa a avisar as autoridades sobre o crime foi sua esposa”, relataram naquele meio de comunicação local.
Eles acrescentaram, que o homem havia recebido uma série de ameaças, então ele decidiu se retirar por um tempo de seu trabalho em associações de mineração.
Em Indepaz, eles indicaram que o líder social era reconhecido entre a população, pois ocupava o cargo de presidente das associações guaqueros e do comitê de coleta de terras.
Por esse fato, o governador de Boyacá, Ramiro Barragán, disse: “Rejeito veementemente o assassinato de Alcibiades Moreno, líder social e defensor dos direitos dos guaqueros. Minha solidariedade com a família dele.”
O funcionário também solicitou às autoridades que iniciassem investigações apropriadas para encontrar os autores do assassinato.
Enquanto isso, a Rádio Caracol consultou o comandante da Polícia de Boyacá, coronel Giovanni Puentes, que indicou que a Procuradoria-Geral da República também está trabalhando na investigação desse crime.
“Ele foi morto com vários tiros com uma arma de fogo. Nossas unidades de investigação e inteligência, em coordenação com o Ministério Público, ainda estão realizando trabalho de campo para coletar evidências para determinar o paradeiro do (s) assassino (s). Continuamos com a investigação, coordenada com o Ministério Público, e esperamos dar resultados antecipados para esclarecer o fato”, disse naquela estação.
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