Para tentar conter a atividade criminosa de grupos armados ilegais que operam na sub-região de Montes de María, as autoridades estão realizando um processo para desarmar todas as minas antipessoal. O processo ocorreu durante a última semana de março e foi ordenado pelo Governo nacional, sob a coordenação da Marinha Nacional e da Agência Interagências para a Desminagem Humanitária.
“Desde 2011, tropas da Companhia Humanitária de Desminagem, anexada à Brigada de Infantaria Marinha nº 1, chegaram aos Montes de María com a firme intenção de descontaminar os 15 municípios do departamento de Bolívar e Sucre que compõem esta sub-região, eliminando a suspeita de antipessoal minas deixadas pelo conflito armado nesta área do Caribe colombiano”, disse o Coronel do Corpo de Fuzileiros Navais Evert Andrés Mejía Giraldo, comandante da brigada.
Observou-se que a Agência Interagências para a Desminagem Humanitária, composta pelo Alto Comissariado para a Paz, o Ministério da Defesa (MINDefence) e a Inspetoria Geral das Forças Militares, nomeou a Marinha da Colômbia como responsável pelo processo em 19 municípios. O objetivo, além de eliminar os explosivos, é “libertar essas comunidades do perigo das minas antipessoal”. Isso se destina a contribuir para o fato de que aqueles que foram deslocados dos Montes de María se sentem confiantes para voltar.
As autoridades detalham que, sob a jurisdição da Força Naval do Caribe, estão os seguintes municípios:
— Bolívar: Existem dez municípios sob intervenção, incluindo Cartagena, Córdoba, El Carmen de Bolívar, El Guamo, María La Baja, San Jacinto, San Juan Nepomuceno, Santa Rosa de Lima, Villanueva e Zambrano.
— Sucre: Existem nove municípios neste departamento, incluindo Chalán, Colosó, Corozal, Galeras, Los Palmitos, Morroa, Ovejas, San Onofre e Sincelejo.
É importante mencionar que até este domingo (27 de março), 14 municípios foram completamente libertados das minas antipessoal.
As autoridades que compõem a Agência Interagências para a Desminagem Humanitária asseguram que esse trabalho foi possível graças ao apoio técnico da Organização dos Estados Americanos (OEA). A entidade internacional ajudou a monitorar e controlar a qualidade das operações de desminagem humanitária realizadas na Colômbia. Além disso, contribuiu financeiramente para a manutenção de equipamentos especializados que permitem o desenvolvimento efetivo de tarefas nos municípios designados para a Marinha da Colômbia.
O governo garantiu que continuará a ordenar operações humanitárias de desminagem em todo o país. Por sua vez, diferentes instituições do Estado e as forças militares indicam que estão comprometidas com essa causa, a fim de proteger a vida de civis e uniformes.
“A Instituição Naval continua comprometida com o monitoramento contínuo e a atenção ao risco residual nesses municípios, aumentando a conscientização sobre o risco de minas com a comunidade, por meio de palestras informativas para aprender como identificar um dispositivo explosivo e como informar as tropas do Corpo de Fuzileiros Navais”, disse o Coronel Mejia.
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