Na última sexta-feira, 25 de março, o representante do município de Duitama (Boyacá), Zamir Silva, informou que um aluno do sexto ano sofreu intoxicação após comer seu lanche do Programa Alimentação Escolar (PAE).
O menor foi levado para o Hospital Regional de Duitama, onde ainda permanece. Silva disse que também colocou a rede hospitalar em aviso prévio para identificar casos semelhantes e acompanhar possíveis intoxicações em massa.
Neste caso, apenas uma criança necessitou de hospitalização, mas casos de envenenamento de menores por comida escolar estragada estão se tornando parte da paisagem do apartamento. De fato, em municípios como Paipa, Sáchica, Belén, Socotá e Soata, quase 250 casos ocorreram este mês.
No caso de Soatá, 45 crianças adoeceram após receberem o lanche na segunda-feira, 7 de março, na Instituição Educacional Juan José Rondón e no Superior Normal la Presentación. O prefeito do município, Carlos Gutiérrez, emitiu um comunicado naquele dia, em conjunto com os diretores das duas escolas, afetados para negar responsabilidade.
Segundo alguns pais, os diretores da instituição ousaram dizer que as crianças mentiram para não frequentar as aulas. Essa hipótese caiu algumas horas depois.
Em Sáchica, os pais da Instituição Educacional de Nova Geração relataram 50 estudantes doentes, enquanto na Instituição de Ensino Técnico Carlos Alberto Olano Valderrama, em Belén, ocorreram mais 150 envenenamentos.
Diante da realidade de que tantas crianças não mentiriam ao mesmo tempo para faltar às aulas, o Ministério da Saúde de Boyacá começou a realizar uma investigação. Eles encontraram várias coisas.
O mais grave de tudo é que pelo menos um lote de leite em pó da marca Nutralac tinha uma alta contagem de bacillus cereus, bactéria encontrada em alguns alimentos e que é uma causa comum de envenenamento, mesmo que esse alimento não tenha passado do prazo de validade.
Além de descartar esse lote de leite, o Governo de Boyacá alertou os distribuidores de alimentos escolares sobre as outras marcas de laticínios produzidos na fábrica santandereana Indunilo: Lactoleche, Del Nilo, Miramonte, Nutralac, Mercadoria —o leite vendido em El Justo y Bueno—, Olímpico, Medalha de Ouro, Latti — leite vendido em D1—, Más Deli, Mercantil e Malagueña.
Por outro lado, de acordo com o jornal local Boyacá 7 Días, a secretaria também tem feito visitas de inspeção sanitária a restaurantes escolares e encontrou práticas inadequadas de manuseio de alimentos, além de problemas de infraestrutura - por exemplo, má gestão da cadeia de frio.
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