Capitães sul-americanos pedem mudança de formato para as eliminatórias da Copa do Mundo

O motivo seria baseado no aumento das cotas para a Copa do Mundo de 2026. Eles também buscam economizar tempo de viagem entre a partida e a partida.

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Parece que o formato das eliminatórias da Copa do Mundo da Conmebol, como a conhecemos, mudaria na próxima edição. Aproveitando o fato de que haverá 48 vagas disponíveis para a Copa do Mundo de 2026, 6 delas para a Conmebol, os capitães de cada equipe sul-americana estiveram em contato para elaborar uma proposta que convencerá a Conmebol e, ao mesmo tempo, os diretores da FIFA, segundo informações reveladas pelo jornal brasileiro Globo Esporte, onde dizem que o primeiro contato entre jogadores ocorreu antes da Copa América 2021.

Quem lideraria essa jogada seria o capitão brasileiro Thiago Silva. Para o zagueiro do Chelsea da Inglaterra, o grande problema das eliminatórias são as grandes viagens entre país e país. “Não são apenas 18 jogos, mas as viagens que fazemos. Isso é muita quilometragem em comparação com os europeus que jogam muito próximos e com pouca transferência”, diz o zagueiro do Chelsea em poucas palavras citadas pela Globo Esporte. “Isso é muito desgaste, além do clima, totalmente diferente da Europa”, diz.

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Diante dessa situação, o campeão da Copa América de 2019 tem uma solução para encontrar um equilíbrio nessas viagens, o que “sem dúvida facilitaria nossa estadia e nossas performances”. A possibilidade de que os dez capitães da Conmebol queiram posar para as autoridades regionais e mundiais do futebol, é a criação de dois grupos regionais entre países próximos, como foi proposto a Copa América com sede na Argentina e na Colômbia. De acordo com o defensor central experiente, a maioria dos jogadores considera essas viagens como “desnecessárias”.

A mídia brasileira indica que os capitães têm um grupo no WhatsApp e até se reuniram virtualmente para discutir a proposta que mudaria as eliminatórias para o formato em que foram realizadas entre 1970 e 1994. Isso mudou o curso para a França 1998, quando pela primeira vez um formato round-robin foi jogado.

“Tivemos uma reunião com a FIFA e parece que haverá uma mudança no formato das Classificatórias. Quem sou eu para mudar isso? A ordem vem de cima”, revelou Marcelo Moreno Martins, capitão da Bolívia. “A FIFA é quem decide, mas acho que é bom, válido, vai ser interessante, porque os jogadores não vão passar muito tempo viajando e voltando às seleções”, acrescentou o atacante.

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A ideia é que cada grupo tenha cinco equipes e jogue 8 jogos no total ao longo do ciclo da copa do mundo. Os três primeiros de cada zona ganhariam a cota direta e uma partida entre os quartos definiria a enviada para jogar a repescagem organizada pela FIFA. Isso permitiria mais possibilidades para equipes que estiveram longe do Campeonato Mundial, como a Venezuela, a única equipe do continente que nunca compareceu ao evento orbital.

Esse seria, mais ou menos, o plano de mudar as próximas eliminatórias, na ausência de determinar o tempo em que os oito jogos seriam disputados. Então, um dos torneios mais emocionantes do mundo do futebol mudaria. Foi isso que o português José Mourinho definiu em algum momento, “os jogos de qualificação na Europa me aborrecem; enquanto os da América do Sul me motivam. Eu realmente gosto de futebol, não jogar por uma questão de jogo. E nas eliminatórias sul-americanas, o futebol é sério”, disse.

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