A Controladoria Geral da Nação destacou que o desmatamento no país é “um massacre ambiental”

As atividades que levam a isso são o plantio de culturas para uso ilícito, pecuária extensiva, expansão agrícola em áreas não permitidas, extração ilegal de madeira e extração ilícita de minerais.

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Fotografía de un terreno de selva deforestado. EFE/ Mauricio Dueñas Castañeda/Archivo
Fotografía de un terreno de selva deforestado. EFE/ Mauricio Dueñas Castañeda/Archivo

A Controladoria Geral da República apresentou um relatório afirmando que uma média de 170.000 hectares de florestas são perdidos a cada ano, o que equivale a um território tão grande quanto Bogotá. A organização observou que isso significa que 500 hectares de florestas são cortados diariamente, o que representa danos irreversíveis ao meio ambiente, porque rompe com os ciclos de conectividade biótica de todos os ecossistemas e gera um aumento nas emissões de CO2.

A questão das mudanças climáticas está nos atingindo e cerca de 60% das emissões de CO2 emitidas no país são resultado desses processos de desmatamento, principalmente por causa das queimadas que estão sendo feitas”, observou Gabriel Jurado, Controlador Delegado para o Meio Ambiente.

Os avisos do cão de guarda andam de mãos dadas com o relatório Ideam, que afirma que tudo está relacionado a atividades como: plantio de lavouras para uso ilícito, más práticas de pecuária extensiva, expansão agrícola em áreas não permitidas, extração ilegal de madeira e extração ilícita de minerais.

Lembremos que os avisos mais importantes que foram feitos no país são para a proteção da Amazônia. Por exemplo, no início deste ano, um grupo de acadêmicos e especialistas ambientais pediu ao governo nacional que tomasse medidas urgentes para deter o desmatamento na Amazônia colombiana, após graves incêndios que afetaram grandes áreas protegidas nos departamentos de Caquetá, Guaviare, Meta e Putumayo.

Os acadêmicos pediram ao presidente Iván Duque e ao ministro do Meio Ambiente, Carlos Eduardo Correa, que elaborassem uma estratégia para deter essa tragédia ambiental que atualmente afeta o Parque Natural Nacional Tinigua, a Serranía de la Macarena e a Serranía de la Lindosa em que os bombeiros estão precisando voluntários e “não têm água ou sistemas aéreos para suprimir incêndios”.

“Concordamos que medidas imediatas precisam ser tomadas para deter essa situação alarmante. É urgente elaborar e implementar um roteiro que mobilize articuladamente o Exército Nacional, os Bombeiros de todo o país, a defesa civil e as Forças Aéreas Colombianas para deter essa tragédia ambiental que envolve enormes custos sociais e ecológicos”, disseram os 190 signatários da carta.

Nesse sentido, destacaram que as ações tomadas devem ser “preventivas” e não “reativas”, e afirmaram que durante novembro e dezembro do ano passado foram apresentadas as condições ideais para os piores incêndios registrados há 15 anos, com grandes quantidades de madeira acumulada, mais de 40 dias sem chuva, e fortaleceu a dinâmica de apropriação de terras.

Eles também apontaram que “a impunidade para os grandes desmatadores e a falta de uma resposta oportuna e eficaz do Estado” fizeram com que o norte da Amazônia chegasse a um ponto de danos irreparáveis, porque o que está em jogo é a perda de biodiversidade em que “a vida no planeta e a exacerbação do clima crise”.

“O bioma amazônico desempenha um papel vital na disponibilidade de água para consumo humano por meio de “rios voadores”, capacidade de retenção de água e evapotranspiração. Por causa dos incêndios, estamos emitindo monóxido de carbono e dióxido de enxofre, que são gases de efeito estufa em quantidades que afetam até outros países, o que nos torna responsáveis internacionalmente se não agirmos imediatamente”, disseram os especialistas.

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