Neste sábado, 26 de março, é realizada mais uma edição da Hora do Planeta, evento que busca conscientizar os habitantes sobre as ações que realizam em suas rotinas e isso causa um impacto negativo na Terra. A partir das 20h30, os peruanos poderão se juntar a esse movimento ambientalista. Um dos sinais que caracteriza esse evento é o desligamento de luzes e eletrodomésticos em nossa casa. Entre os tópicos discutidos durante esses dias estão a poluição do ar e os danos que causam.
Qual é a situação no Perú em relação à poluição do planeta? No início deste mês, a empresa suíça IQair compartilhou um relatório oficial sobre a análise realizada em 2021, na qual é detectada a lista de capitais e países com a menor qualidade do ar.
De acordo com os dados registrados, somos o primeiro país da América Latina a respirar o pior ar do mundo depois de registrar uma média de 29,6 μg/m3 de partículas. Os países do Chile, Colômbia e México tiveram o maior progresso no monitoramento da qualidade do ar, com um aumento de 51%, 38% e 28% no número de estações de monitoramento, respectivamente. Os cidadãos desta região desempenham um papel ativo no monitoramento da qualidade do ar.
Se falamos de cidades com qualidade negativa do ar, o estudo global indica que o território nacional ocupa o 22º lugar, deixando atrás de Santiago do Chile, Cidade do México, Montevidéu no Uruguai, Bogotá na Colômbia, entre outros.
Segundo a OMS, a poluição do ar causa quase quatro milhões de mortes anualmente em todo o mundo. O relatório global de qualidade do ar do ano passado revelou que apenas 3% das cidades - 222 das 6.475 analisadas - atenderam às últimas diretrizes anuais de qualidade do ar PM2.5 estabelecidas pela OMS, que recomenda não exceder 5 μg/m3. Nenhum país atendeu a essas expectativas.
O QUE CAUSA MÁ QUALIDADE DO AR?
Na América Latina, os aumentos na produção de energia gerados por combustíveis fósseis, gases de escape de veículos de frotas de veículos obsoletas, o crescente uso de combustíveis de estado sólido como fonte de calor em cidades de baixa renda e a ausência de regulamentação governamental sobre a qualidade do ar contribuem para a má qualidade do ar.
O que acontece em regiões distantes das capitais? Esses destinos vêem o aumento constante no uso de queima de lenha para aquecimento e cozimento em cidades regionais de baixa renda, combinado com menores taxas de precipitação, bem como mobilização econômica pós-quarentena, são fatores que contribuíram para o aumento deste ano.
Para agir rapidamente, organizações locais e indivíduos lançaram projetos de estações de monitoramento em vários países da América Latina, a fim de poder analisar em detalhes a qualidade do ar que os cidadãos respiram.
Um desses grupos é chamado de Rede de Qualidade do Ar da Primeira Infância Aires Nuevos Citizens na América Latina, que opera com inúmeras estações de monitoramento da qualidade do ar em oito países da América Latina: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México, Perú e Uruguai.
Apesar dos esforços, ainda há um longo caminho a percorrer. Nos últimos anos, as autoridades peruanas promoveram ações como o fechamento de ruas, para que os veículos não circulem em determinados dias, além de motivar as pessoas usar bicicletas e outros tipos de transporte que não prejudiquem o meio ambiente.
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