Os dois acusados do massacre de Samaniego em 2020 condenados a 29 anos de prisão

O procurador-geral, Francisco Barbosa, anunciou a condenação de dois dos autores do massacre de Samaniego em agosto de 2020

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Friends and relatives mourn next to the coffin of one of the eight youngsters murdered in a rural area of Samaniego, Narino department, Colombia, on August 17, 2020. - Colombian authorities and NGOs warned on Sunday about the deterioration of security in the country, after thirteen young people and adolescents were killed in a period of four days amid the confinement measures to stop the coronavirus. (Photo by Leonardo CASTRO / AFP)
Friends and relatives mourn next to the coffin of one of the eight youngsters murdered in a rural area of Samaniego, Narino department, Colombia, on August 17, 2020. - Colombian authorities and NGOs warned on Sunday about the deterioration of security in the country, after thirteen young people and adolescents were killed in a period of four days amid the confinement measures to stop the coronavirus. (Photo by Leonardo CASTRO / AFP)

Na tarde desta sexta-feira, 25 de março, o procurador-geral da Nação, Francisco Barbosa, anunciou a condenação de dois dos autores do massacre de Samaniego, Nariño, em agosto de 2020.

O Ministério Público afirmou que, graças ao trabalho de promotores e investigadores, foi possível concluir que Andrés Fernando Moriano, vulgo Fercho e Yeiron Alexander Pantoja Rodríguez, vulgo Maestro, participou deste múltiplo homicídio ocorrido na aldeia de Santa Catalina, no município de Samaniego.

Deve-se lembrar que neste massacre, ocorrido no momento em que tais eventos começaram a ser muito comuns em diferentes partes do país, morreram oito jovens com idades entre 19 e 27 anos, além de um menor.

De acordo com a investigação realizada pela Procuradoria-Geral da República, no dia do incidente os dois condenados, juntamente com vários homens armados, chegaram em capuzes a uma fazenda localizada na aldeia de Santa Catalina, zona rural de Samaniego, de onde estavam saindo cerca de 30 jovens.

Uma vez no local, criminosos altamente armados começaram a atirar naqueles que estavam partindo no local. Nesses eventos, os homens encapuzados causaram a morte de oito jovens.

Alias Fercho e alias Maestro foram considerados responsáveis pelos crimes de homicídio agravado em competição heterogênea; concerto para cometer um crime agravado, e a fabricação, tráfico e porte de armas, munições de uso restrito para uso exclusivo das forças armadas ou explosivos.

De acordo com a Procuradoria-Geral da República, os dois homens foram condenados a 29 anos de prisão e uma multa de 1.550 salários mínimos mensais legais em vigor.

Cinco pessoas com mandados de prisão desde 2020

O órgão de investigação também garantiu que, a partir do momento em que foi conhecida a denúncia do massacre em Samaniego, Nariño, foi realizado o trabalho no campo e a coleta de provas; graças a isso, em outubro de 2020, o Ministério Público conseguiu emitir cinco mandados de prisão contra os criminosos identificados como Arcanjo Machado Lopez, Kevin Alexander Bastidas Quiroz, Andrés Fernando Moriano Caicedo Fercho, Oscar Ferney Martinez Zambrano e Yeiron Alexander Pantoja Rodriguez aka Mono ou Maestro.

De acordo com as informações do cão de guarda, no decorrer do trabalho realizado pelas autoridades correspondentes para capturar o acusado, Kevin Alexander Bastidas Quiroz e Oscar Ferney Martínez Zambrano foram encontrados mortos, então houve uma exclusão para a morte dos dois réus.

Durante sua visita a Valledupar, onde Francisco Barbosa fez este anúncio, ele também destacou que graças ao trabalho articulado entre Ministério Público, Polícia e Forças Militares, são 43 dias sem massacres no país. Além disso, no departamento de Nariño, observa-se que 103 dias se passaram sem esses múltiplos homicídios.

Massacre de Samaniego

Em 15 de agosto de 2020, às 9h30 da noite, vários homens encapuzados chegaram a uma fazenda na vila de Santa Catalina, no município de Samaniego, Nariño, onde pelo menos 30 jovens estavam desfrutando de uma festa, muitos deles universitários que retornaram à região devido à suspensão do aulas motivadas pela pandemia de covid-19.

Um dos sobreviventes disse à revista Semana que os homens, que usavam coletes pretos, rifles de assalto e pistolas automáticas, prenderam a maioria das mulheres e forçaram os homens a deitar-se no chão, de bruços.

De acordo com o testemunho do sobrevivente, os assassinos escolheram três dos meninos, os levaram para o centro do lugar onde estavam conversando antes do ataque, os colocaram de joelhos e atiraram neles à queima-roupa.

Os primeiros a morrer, segundo o relato da testemunha, foram Byron Danilo Patiño, de 25 anos, que acabara de terminar sua carreira como contador público; mais tarde, Brayan Alexis Cuarán, também de 25 anos, que queria ser jogador de futebol profissional, e Daniel Steven Vargas Jurado, 22, e aluno de Radiologia.

Rubén Darío Ibarra (23 anos, estudante de enfermagem), Campo Elián Benavides (estudante do ensino médio, 17 anos), Oscar Andrés Obando (24 anos, estudante de Administração Esportiva); Laura Mishel Melo Riascos (19 anos, estudante de medicina) e Jhon Sebastián Quintero (23, estudante de Administração de Produtos).

De acordo com o relato da sobrevivente, antes de partir, os assassinos tiraram as mulheres da sala onde estavam trancadas e ordenaram que todas corressem, algumas escaparam entre a vegetação e outras até se jogaram nas águas do rio Pacual, que passa a 50 metros do local.

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