Eles denunciam irregularidades no censo de vítimas da avalanche de Dosquebradas

Depois de mais de um mês dessa tragédia, a imagem é confusa para as vítimas

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Personas observan los escombros luego de un deslizamiento de tierra causado por fuertes lluvias que causó la muerte a residentes y destruyó casas en Dosquebradas, Colombia, 8 de febrero, 2022. REUTERS/Martín Gallego NO HAY REVENTAS SIN ARCHIVO
Personas observan los escombros luego de un deslizamiento de tierra causado por fuertes lluvias que causó la muerte a residentes y destruyó casas en Dosquebradas, Colombia, 8 de febrero, 2022. REUTERS/Martín Gallego NO HAY REVENTAS SIN ARCHIVO

Famílias afetadas pelo deslizamento de terra que devastou parte do bairro de La Esneda, no município de Dosquebradas, em Risaralda, relataram que a realização do censo de vítimas até agora teve grandes erros, pois o processo de realocação diminuiu e, além disso, há nomes de vítimas que não aparecem nos registros emitidos pelas autoridades locais.

A W Radio entrou em contato com María Idalí Quintero Uribe, uma das vítimas da avalanche e sobrevivente dela, a mulher destacou que as listas fornecidas pela prefeitura de Pereira não apresentam os dados reais sobre o censo, pois explica que vive no setor há vários anos, razão pela qual ela conhece seus vizinhos e sabe quem foram os que perderam a vida, garantiu que as pessoas que pereceram no local não aparecem no censo realizado e há sobreviventes que não estão nas listas de beneficiários.

Quintero explicou que, depois de conhecer a lista de beneficiários, apenas cinco vítimas aparecem, por sua vez, ele aponta que dos 16 falecidos, há nomes que não estão na lista final. É importante destacar que a força dessa avalanche destruiu seis casas, enquanto 64 tiveram que ser evacuadas devido ao risco iminente de estarem nas margens do rio Otún, em uma área na fronteira com Pereira.

Por outro lado, outra das vítimas que não se identificou, garante à W Radio que existem delicadas irregularidades em relação às pessoas que se apresentaram para se beneficiar de entidades governamentais, já que muitas apareceram do nada e não faziam parte da comunidade afetada, aproveitando da situação e afirmando quem morava neste lugar. Da mesma forma, a mulher relatou que os habitantes que realmente residiam na área não estavam registrados, levando em consideração que alguns ainda estavam sendo tratados em centros médicos ou acompanhando o restante das vítimas no processo de sepultamento.

Em meio à tragédia e de acordo com depoimentos estabelecidos, algumas pessoas que precisavam ser atendidas com alimentação, não conseguiram receber nenhuma ajuda, pois a situação as obrigava a priorizar seus procedimentos funerários e hospitalares, por isso chegaram atrasados, enquanto outras se aproximaram do local para obter esses benefícios, mesmo sem serem conhecidos na área, as vítimas teriam solicitado ao DIGER que tornasse pública a lista de beneficiários, pois continuam as dúvidas sobre quem recebeu o auxílio.

Da mesma forma, foram feitos pedidos às autoridades para uma nova caracterização demográfica para esclarecer a situação em detalhes, a fim de fornecer evidências reais das vítimas e das vítimas.

As primeiras horas da terça-feira, 8 de fevereiro, corriam por volta das 6 da manhã, um estrondo alto alertou os habitantes do bairro de La Esneda, no município de Dosquebradas, uma jurisdição adjacente a Pereira. O descolamento de uma porção da montanha às margens do rio Otún destruiu várias casas desse setor e causou um forte represamento do fluxo daquela artéria do rio. A força desse deslizamento foi tão forte que a avalanche atravessou o rio de um lado para o outro, porque foi a única coisa que o impediu de sair das casas. Quase 40 feridos e 16 mortos foram deixados por esta emergência causada pela natureza, além das famílias que tiveram que ser evacuadas devido ao risco que estavam enfrentando no setor.

Tanto os conselheiros quanto a comunidade apontaram que esse fato havia sido evitado, uma vez que a realocação era necessária há vários anos, considerando que esta é a terceira vez que tal crise ocorre nesta área do departamento de Risaralda. Por sua vez, algumas famílias protestaram, afirmando que evitam a realocação, levando em consideração que, em muitas ocasiões, precisam tirar do bolso durante todo o processo, além disso, os locais de reassentamento estão localizados na periferia da cidade, situação que precariamente sua qualidade de vida.

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