Deputados exigem resultados de comissão que investiga supostas fraudes eleitorais: “Sejam responsáveis, patifes”

A Comissão de Inquérito ao Processo Eleitoral Geral de 2021 estendeu o prazo para apresentação dos resultados de seu trabalho em mais 20 dias.

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Grande agitação no Congresso da República surgiu após a Comissão de Investigação do Processo Eleitoral Geral de 2021, presidida pelo porta-voz da Renovação Popular, Jorge Montoya, estendeu o prazo para apresentar os resultados de seu trabalho por mais 20 dias.

Nesse sentido, o parlamentar governante , Guido Bellido, expressou sua raiva através de suas redes sociais, considerando que eles inventaram “fraude eleitoral” para gerar “mais empregos para seus amigos”, enquanto insta este grupo de trabalho a apresentar sua “pesquisa onerosa” o mais rápido possível .

“Eles inventaram a 'fraude eleitoral' para formar uma comissão de inquérito, gerando mais empregos para amigos. Hoje, quatro meses depois, aguardamos o relatório de uma investigação tão árdua e, acima de tudo, tão onerosa. Agora prestem contas, seus canalhas”, disse em sua conta no Twitter.

O congressista peruano Libre não foi o único a mostrar seu descontentamento com a Comissão de Investigação do Processo Eleitoral Geral de 2021. Por seu lado, a legisladora do Juntos for Perú Sigrid Bazán lembrou que esta investigação já custou ao país mais de S/150, 000 em apenas quatro meses de administração.

“O prazo para a Comissão investigar fraudes inventadas pela direita acaba de expirar. Já se passaram mais de 4 meses, cerca de S/150.000 gastos, mas ainda não divulgaram seus resultados; além do mais, hoje acabam de aprovar um pedido de prorrogação do prazo por mais 20 dias”, escreveu a legisladora por meio de suas redes sociais.

Deve-se notar que a Comissão de Inquérito teve que apresentar seu relatório final na sexta-feira, 25 de março.

“NÃO HOUVE FRAUDE”

Há alguns dias, o presidente do Júri Eleitoral Nacional, Jorge Luis Salas Arenas, disse ao Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) que as Eleições Gerais de 2021 foram justas e transparentes.

Salas, durante sua participação na sessão ordinária virtual desse conselho, apresentou o relatório final da Missão de Observação Eleitoral da OEA enviada ao Perú para as Eleições Gerais de 2021 e reiterou que não houve fraude devido à falsificação de assinaturas ou falsificação de identidade de membros da mesa, conforme declarado por Fuerza Popular, um partido liderado por Keiko Fujimori.

Ele acrescentou que o JNE reviu 271 recursos de anulação que foram apresentados no segundo turno das últimas eleições, dos quais 19 foram encaminhados ao Ministério Público para investigação.

RELATÓRIO FINAL

O relatório da OEA apresentado pelo Chefe de Missão, ex-ministro das Relações Exteriores paraguaio, Rubén Ramírez Lezcano, destacou o trabalho profissional das autoridades eleitorais peruanas na organização de um processo de grande complexidade, em meio à pandemia e à polarização política.

Também condenou as campanhas de desinformação nas redes sociais e os ataques ao árbitro do processo eleitoral, que buscavam lançar dúvidas e desacreditar o trabalho dos órgãos eleitorais e, até mesmo, das próprias missões de observação.

O chefe da OEA EOM também enfatizou que todos os órgãos eleitorais forneceram apoio e facilidade de acesso à informação, para que observadores estrangeiros pudessem verificar o trabalho dos membros da mesa, representantes e supervisores, antes, durante e após as eleições, bem como o trabalho pós-eleitoral.

A sessão virtual também contou com a presença do Secretário-Geral da OEA, Luis Almagro; embaixadores e vários representantes dos países das Américas; o Representante Permanente do Perú junto à OEA, Embaixador Harold Forsyth Mejia; bem como o chefe do Escritório Nacional de Processos Eleitorais ( ONPE), Piero Corvetto Salinas.

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