Desde esta sexta-feira, 25 de março, o empresário, Carlos Mattos, tem uma nova equipe de advogados. O primeiro passo que será dado na defesa do ex-representante legal da Hyundai será desafiar os procuradores que estão realizando a investigação contra seu cliente, para que os subornos milionários que ele pagou aos juízes da República se beneficiem de decisões judiciais.
O advogado, Omar Juan Carlos Suárez, defensor de Mattos, anunciou que contestará os promotores Daniel Hernández e Álvaro Betancourt, alegando que não são oferecidas garantias ao processo depois que se soube que uma nova investigação será realizada contra os sete indivíduos que participou da negociação dos pré-acordos frustrados.
Com esse movimento, Mattos interromperia o julgamento contra ele, atitude advertida por Francisco Bernate, representante das vítimas que neste caso é o Poder Judiciário, porque de acordo com suas contas o processo impediria em outubro e os danos nesse caso seriam irreparáveis.
É importante resgatar que o promotor abriu duas investigações contra Mattos. O primeiro é o que está sendo avançado na Corte 30 para o pagamento de propina ao ex-juiz Reinaldo Huertas, que foi demitido pela Comissão Nacional de Disciplina Judicial por 15 anos, por cibercrime e suborno.
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Além disso, Mattos é investigado perante o 11º Tribunal de Conhecimento pelo crime de suborno pelo suborno da ex-juíza civil Ligia del Carmen Hernández, que foi condenada a 25 meses e 18 dias pelo Tribunal, para decidir a seu favor e garantir a propriedade dos direitos de distribuição da marca Hyundai. Esse processo é prescrito, de acordo com Bernate, em 18 de abril de 2023.
Deve-se notar que o empresário é investigado desde 2016, quando a sede da Hyundai na Coréia rompeu relações após 25 anos com a empresa automotiva na Colômbia, da qual ele era seu representante em território nacional. O empresário assumiu uma batalha judicial em que, pouco depois, foram avisadas irregularidades, o que ele próprio confirmou em audiências públicas este ano, após ser extraditado da Espanha.
Para o Ministério Público, a ação do empresário não teve outro objetivo senão dirigir a ação movida pela Hyundai Colombia Automotriz S.A. contra a Hyundai Motor Company da República da Coréia para uma empresa específica e, assim, atrasar ainda mais o caso.
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O processo judicial de Mattos começou quando ele residia na Espanha. O empresário ficou por vários anos no país europeu porque tem nacionalidade desse país. No entanto, isso não foi um impedimento para o Ministério Público avançar com seu processo investigativo. O ex-representante da Hyundai na Colômbia foi solicitado em mais de uma ocasião pelo sistema de justiça colombiano. As autoridades até pediram a realização de audiências virtuais, mas ele nunca apareceu, então a promotoria decidiu avançar com os autos.
Por sua vez, o advogado Suárez disse que o interesse de Carlos Mattos é que o processo seja concluído o mais rápido possível e que não se demore mais, mas sente que não haveria garantias para a investigação que será realizada em breve. Ele também destacou que seu cliente pretende reconhecer sua responsabilidade na investigação da Hyundai e que a reparação econômica seja implementada e que Mattos, portanto, obterá uma redução da pena.
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