Comissário da Paz denuncia recrutamento de menores para a comunidade internacional

Entre 1º de dezembro de 2016 e 9 de março, 242 menores foram recrutados.

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Em 26 de março, o Alto Comissário para a Paz, Juan Camilo Restrepo, publicou um vídeo no qual rejeita a instrumentalização de menores dentro dos grupos armados ilegais que estão assumindo o controle de grande parte da Colômbia.

Por isso, Restrepo anunciou que “foi denunciado internacionalmente que os grupos armados continuam a recrutar menores, esses grupos armados organizados continuam a recrutar seres humanos, que são vítimas dessas ações”.

O comissário de paz aproveitou o vídeo para dizer aos colombianos que “cerquem as forças de segurança, as instituições que são formadas para defender a vida, a honra e a propriedade de todos os seres humanos, neste caso crianças”.

A Procuradoria Geral já havia dado um conceito sobre o recrutamento de menores para a Câmara de Reconhecimento da Verdade da jurisdição sobre o dever das extintas FARC de “reconhecer que o recrutamento forçado de menores para suas fileiras era uma prática sistemática”.

Além disso, o Ministério Público havia pedido “às FARC que pedissem desculpas à sociedade civil colombiana e ao mundo inteiro pelas cem crianças que recrutaram para a guerra, inclusive elas mesmas em um ato de arrependimento sincero”.

A Provedoria de Justiça alertou para o aumento das ameaças de recrutamento forçado, uso e uso de menores por grupos armados ilegais e quadrilhas criminosas em Cúcuta e cinco municípios do Norte de Santander.

Por esse motivo, o Provedor de Justiça, Carlos Camargo, apelou urgentemente às autoridades dos municípios de El Zulia, Puerto Santander, Villa del Rosario e Tibú e à capital do departamento para que tomem as medidas necessárias para garantir a segurança das crianças e adolescentes que vivem nesta região fronteiriça com a Venezuela.

“É necessário acelerar a construção de planos de prevenção e proteção precoces, face ao risco iminente de recrutamento, uso e uso de que crianças e adolescentes possam ser vítimas”, alertou o responsável, que garantiu que uma equipa da entidade está a tomar medidas para mitigar esses graves riscos contra os direitos e a integridade dos menores nesses locais no nordeste da Colômbia.

O General-de-Exército Nacional Eduardo Enrique Zapateiro falou sobre os recentes casos de recrutamento de menores em territórios indígenas de Cauca durante a última semana, relatados pela Associação dos Conselhos Indígenas do Norte do Cauca (Acin).

Deve-se notar que em 9 de março, Acin informou que seis membros da comunidade da reserva indígena Huellas foram recrutados por grupos armados. Quatro deles eram menores entre 12 e 14 anos de idade. O oficial sênior do exército apontou que a única maneira de combater esse flagelo é por meio de “operações fortes e vigorosas nas áreas de base dessas estruturas criminosas”.

Os fatos foram apresentados na instituição educacional El Credo. Os menores estavam recebendo suas aulas, quando foram retirados da escola pelos homens. Presume-se que eles tenham sido levados para o sul de Cauca para fins de recrutamento forçado, pelos criminosos armados que operam neste departamento e que são identificados como supostos dissidentes das FARC.

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