Apesar da escalada da violência contra líderes ambientais, o Governo Nacional não está promovendo o Acordo de Escazú

A crise ambiental e a falta de garantias para os líderes sociais tornam-se os principais argumentos para a implementação do projeto.

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O senador Jorge Eduardo Londoño Ulloa falou nos microfones da W Radio sobre a situação ambiental no país e a importância de ratificar o Acordo de Escazú. Embora o Governo Nacional tenha afirmado que está comprometido com o meio ambiente, a dinâmica implementada em resposta a esta legislação deixa entre disse o que foi exposto por Iván Duque, que, alguns meses depois de deixar o cargo, deixa a assinatura do acordo por um fio.

A apresentação deste acordo no Senado tem sido constantemente estendida, apesar da insistência da oposição em sua aprovação e socialização, senadores como Iván Cepeda, Feliciano Valencia e Antonio Sanguino, indicaram que o governo de Duque quer enredar a implementação do projeto, mesmo sabendo a vitalidade que tem para a Colômbia.

Sobre o assunto, o senador Londoño disse: “Nós, através de um debate de controle político, entre aspas motivamos e obrigamos o ministro e vice-ministro do meio ambiente, a se comprometer com uma data, dentro da qual eles fariam o projeto de lei para ratificar o Acordo de Escazú ser apresentado, foi feito no dia 30 de Outubro do ano passado, mas como em outras ocasiões, nada aconteceu, entendo que fizeram um trabalho positivo para discussão na Quinta Comissão do Senado da República, mas nada foi feito ainda, ainda não foi debatido”.

Por sua vez, o lobista salientou que não há vontade política por parte do Governo Nacional para a execução do projeto, uma vez que indica que outras questões são priorizadas, deixando como exemplo a aprovação da alteração da lei sobre garantias, que, apesar de inconstitucional, foi aprovado segundo ele, portanto, o senador demonstra uma grande preocupação, com a falta de diligência em assuntos que afetam a sociedade como um todo e colocam em risco o futuro do país.

Jogando dardos contra o atual governo, Londoño Ulloa disse: “Você pode facilmente ver que o que não existe é vontade política, porque em uma forma de governo presidencial como o nosso, o que o presidente quer ser aprovado no congresso é aprovado, porque ele tem as maiorias e através de diferentes práticas eles aprovam leis, leis como uma lei inconstitucional alterando a lei das garantias, se tal lei foi aprovada, como não pode ser possível que uma lei que ratificou o Acordo de Escazú tenha sido aprovada”.

É importante ter em mente que o Acordo de Escazú compromete várias nações no que diz respeito às competências ambientais, diferentes países assinaram o projeto, mas sua implementação interna foi adiada, o caso recente mais notável é o do Chile, que no governo de Sebastián Piñera havia atrasado a negociação do mesmo e com a chegada de Gabriel Boric à presidência, o rascunho foi enviado ao congresso para ratificação.

Apesar da insistência de várias comissões do senado, Londoño ressalta que está pessimista em relação à decisão tomada por Iván Duque, pois acredita que, se depender desse governo e da própria legislatura, será difícil que o acordo seja aprovado e socializado no territórios, apesar do grau de importância dos mesmos, uma vez que permite o acesso à informação, a participação cidadã e a defesa dos direitos humanos em questões ambientais, destacando a prevalência de líderes sociais que atuam nesse contexto. Em meio a seu pessimismo e incerteza, o senador esclareceu: “Em relação a esse governo, não acho que o acordo seja aprovado, há muitos atores que são contra sua ratificação, o Conselho Nacional da União, por exemplo, onde existem cerca de 26 setores que não gostam do Escazú Acordo, e é por isso que é necessário escolher uma alternativa de governo que seja mais sensível a essas questões ambientais”.

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