Nesta segunda-feira, 28 de março, é a votação da moção de vaga contra Presidente Pedro Castillo, uma iniciativa do congressista da Renovação Popular, Jorge Montoya, que conseguiu que sua proposta tivesse 50 assinaturas, das 26 de que precisava para poder apresentá-la.
O chefe de Estado garantiu que estará em plenário para se defender da vaga presidencial. “Estaremos no Congresso para ir e responder no que o governo quer acreditar”, disse ele na última sexta-feira em um evento em Puno.
Para o presidente peruano, há “uma campanha devastadora contra o governo. Tirando até o fim de semana algumas mensagens e algumas montagens de alguns áudios, alguns vídeos, para que essa imprensa, que tem um objetivo, faça as pessoas acreditarem. E tenho certeza que o Congresso não vai cair nessa. Há congressistas imensamente responsáveis , há congressistas que entendem a necessidade desta cidade, e eles não vão cair nessa tipo de chantagem, e eles não vão cair nesse círculo de mídia”.
Ele disse ainda que um setor empresarial busca culpá-lo pelo aumento dos preços das necessidades básicas. “Alguns empresários que não estão neste país (estarão) dizendo que por causa de Pedro Castillo o preço do pão e do frango subiu, gerando uma crise para que na segunda-feira haja uma razão no Congresso para ver como esvaziam o presidente”, disse.
O Plenário, por meio de suas redes sociais, informou sobre a convocação para o presidente ou sua defesa comparecer. “A pedido do Presidente do Congresso da República, devo convocá-los para a sessão plenária que se realizará na segunda-feira, 28 de março de 2022 às 15h00, sessão em que será debatido e votado o pedido de vaga da Presidência da República”, escreveram.
No Parlamento, Pedro Castillo tem de responder pelos alegados actos de corrupção em que o seu Governo esteve envolvido, como Sarratea.
Para completar a demissão do chefe de Estado, a oposição precisa de 87 votos no Congresso da República.
Já havia uma primeira moção para vaga presidencial, promovida por Patricia Chirinos, da Avanza Pais, mas não alcançou os votos necessários para desocupar o chefe de estado. Com 76 votos contra, o Congresso rejeitou o pedido que buscava declarar “incapacidade moral permanente” contra o presidente apesar dos votos de Avanza Pais, Força Popular e Renovação Popular.
HÁ VOTOS PARA VAGA?
Jorge Montoya, porta-voz e congressista da Renovação Popular, estava confiante de que a moção de vaga presidencial apresentada contra Pedro Castillo vencerá mais votos do que os registrados na votação para admissão ao debate, quando 76 parlamentares apoiaram a iniciativa.
“Há maior solidez do que a decisão inicial. Conseguiremos exceder os votos do que a admissibilidade definitivamente. Eu não conversei com o partido no poder sobre esse assunto. Eles vão mudar de posição se houver algo grave que os afete e que possa acontecer nos dias que restarem”, disse à RPP Noticias.
O legislador também se opôs à proposta do ex-presidente Francisco Sagasti de avançar nas eleições coletando assinaturas.
“A vaga é um mecanismo para tirar o presidente e é mais rápido. A outra coisa (proposta de Sagasti) é que você quer remover o presidente em um ano. Agora é fácil fazê-lo com uma vaga se essa decisão for tomada”, concluiu.
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