Um tribunal federal rejeitou um amparo promovido pela defesa de Guillermo Padrés, governador de Sonora de 2009 a 2015, que atualmente está vinculado a dois processos judiciais contra ele por crime organizado e lavagem de dinheiro.
O Quinto Tribunal Penal Unitário negou provimento ao recurso legal com o qual Padrés procurou destruir as provas pelas quais havia sido emitida uma ordem de prisão contra ele em setembro de 2018, quando foi preso sob a acusação de lavagem de dinheiro.
Conforme determinado por Gabriela Vieyra Pineda, o chefe do Tribunal, Guillermo Padrés entrou com um recurso legal para substituir as provas no caso, o que não é legalmente válido, conforme comunicado pelo magistrado:
“São testes que visam questionar ou diminuir o valor probatório dos existentes e que foram objeto da ordem formal de prisão; este não é objeto de estudo no incidente de desvanecimento de dados, mas - em qualquer caso - do julgamento final que encerra o processo”, relatou.
As novas provas de Padrés procuram provar que o dinheiro que ele possuía, e pelo qual ele está sujeito a processo, foi menor do que o que foi determinado pelas autoridades federais, que defendem as acusações contra ele.
“Além disso, as provas fornecidas pelo queixoso não violam de forma alguma os pareceres periciais referidos em que foi estabelecido que, no ano de 2015, o procurador tinha mais rendimentos do que declarou”, disse o Tribunal.
Em 2019, Guillermo Padrés Elias deixou a Prisão do Norte com seu próprio pé, na qual, desde setembro de 2018, ele vinha processando pelos crimes de lavagem de dinheiro; isso depois que foi determinado que ele poderia levar seu julgamento gratuitamente sob medidas cautelares.
Vale ressaltar que antes de sua prisão ele estava foragido por dois anos e depois de uma entrevista de rádio ele foi ao Tribunal 12 na Cidade do México, onde se rendeu.
Por outro lado, em Sonora, o estado que governou de 2009 a 2015, ele também enfrenta acusações de tortura, privação ilegal de liberdade, abuso de autoridade, comércio de influência e associação criminosa.
Vale ressaltar que Padrés faz parte da geração de governadores que acompanharam durante a primeira parte do mandato de seis anos do ainda presidente Enrique Peña Nieto, e que após o término de seus mandatos foram presos sob a acusação de crimes como corrupção e lavagem de dinheiro.
O Tribunal Distrital autorizou a fiança depois de considerar fundamentado o incidente de revisão e substituição da prisão preventiva imposta pela defesa do Padrés Elias.
“O acima, tendo cumprido os requisitos estabelecidos pelo Código Nacional de Processo Penal e pelo Artigo Quinto constitucional transitório para substituir a prisão preventiva imposta a ele no processo criminal que o segue para o crime de operações com remédios de origem ilegal”, relatou o Judiciário da Federação em um comunicado.
O ex-presidente atualmente tem que comparecer ao tribunal a cada 15 dias, está proibido de sair do país e foi colocado um localizador eletrônico.
Em entrevista a Milenio Televisión, seu advogado, Antonio Lozano Gracia, disse que a família está procurando maneiras de cobrir a fiança para que o ex-presidente possa sair da prisão.
Ele indicou que está analisando a opção de ir a pessoas físicas ou jurídicas dedicadas à concessão de títulos e que na terça-feira será apresentado um amparo referente ao valor da garantia que deve ser paga.
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