Tribunal rejeitou proteção de Guillermo Padrés, ex-governador de Sonora

O ex-presidente ainda não foi condenado pelos processos contra ele iniciados em 2014 e 2016.

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Um tribunal federal rejeitou um amparo promovido pela defesa de Guillermo Padrés, governador de Sonora de 2009 a 2015, que atualmente está vinculado a dois processos judiciais contra ele por crime organizado e lavagem de dinheiro.

O Quinto Tribunal Penal Unitário negou provimento ao recurso legal com o qual Padrés procurou destruir as provas pelas quais havia sido emitida uma ordem de prisão contra ele em setembro de 2018, quando foi preso sob a acusação de lavagem de dinheiro.

Conforme determinado por Gabriela Vieyra Pineda, o chefe do Tribunal, Guillermo Padrés entrou com um recurso legal para substituir as provas no caso, o que não é legalmente válido, conforme comunicado pelo magistrado:

São testes que visam questionar ou diminuir o valor probatório dos existentes e que foram objeto da ordem formal de prisão; este não é objeto de estudo no incidente de desvanecimento de dados, mas - em qualquer caso - do julgamento final que encerra o processo”, relatou.

As novas provas de Padrés procuram provar que o dinheiro que ele possuía, e pelo qual ele está sujeito a processo, foi menor do que o que foi determinado pelas autoridades federais, que defendem as acusações contra ele.

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O ex-governador ainda não recebeu sentença pelo processo iniciado em 2014 (Foto: Cuartoscuro)

“Além disso, as provas fornecidas pelo queixoso não violam de forma alguma os pareceres periciais referidos em que foi estabelecido que, no ano de 2015, o procurador tinha mais rendimentos do que declarou”, disse o Tribunal.

Em 2019, Guillermo Padrés Elias deixou a Prisão do Norte com seu próprio pé, na qual, desde setembro de 2018, ele vinha processando pelos crimes de lavagem de dinheiro; isso depois que foi determinado que ele poderia levar seu julgamento gratuitamente sob medidas cautelares.

Vale ressaltar que antes de sua prisão ele estava foragido por dois anos e depois de uma entrevista de rádio ele foi ao Tribunal 12 na Cidade do México, onde se rendeu.

Por outro lado, em Sonora, o estado que governou de 2009 a 2015, ele também enfrenta acusações de tortura, privação ilegal de liberdade, abuso de autoridade, comércio de influência e associação criminosa.

Vale ressaltar que Padrés faz parte da geração de governadores que acompanharam durante a primeira parte do mandato de seis anos do ainda presidente Enrique Peña Nieto, e que após o término de seus mandatos foram presos sob a acusação de crimes como corrupção e lavagem de dinheiro.

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Padrés está preso desde 2016 (Foto: Cuartoscuro)

O Tribunal Distrital autorizou a fiança depois de considerar fundamentado o incidente de revisão e substituição da prisão preventiva imposta pela defesa do Padrés Elias.

“O acima, tendo cumprido os requisitos estabelecidos pelo Código Nacional de Processo Penal e pelo Artigo Quinto constitucional transitório para substituir a prisão preventiva imposta a ele no processo criminal que o segue para o crime de operações com remédios de origem ilegal”, relatou o Judiciário da Federação em um comunicado.

O ex-presidente atualmente tem que comparecer ao tribunal a cada 15 dias, está proibido de sair do país e foi colocado um localizador eletrônico.

Em entrevista a Milenio Televisión, seu advogado, Antonio Lozano Gracia, disse que a família está procurando maneiras de cobrir a fiança para que o ex-presidente possa sair da prisão.

Ele indicou que está analisando a opção de ir a pessoas físicas ou jurídicas dedicadas à concessão de títulos e que na terça-feira será apresentado um amparo referente ao valor da garantia que deve ser paga.

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