Empresário Andrés Salazar Ferro condenado a quatro anos de prisão pelo caso Odebrecht

Um juiz criminal do Circuito de Bogotá considerou-o responsável pelo crime de enriquecimento ilícito de indivíduos

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Vista del logo de la constructora Odebrecht, en una fotografía de archivo. EFE/Sebastião Moreira
Vista del logo de la constructora Odebrecht, en una fotografía de archivo. EFE/Sebastião Moreira

A Procuradoria-Geral da República, diante das provas apresentadas e da aceitação voluntária das acusações, um juiz criminal do Circuito de Bogotá condenou o empresário Andrés Salazar Ferro a quatro anos de prisão e o declarou responsável pelo crime de enriquecimento ilícito de particulares indivíduos.

De acordo com a investigação, ele relata que o condenado, como representante do Grupo Mundial de Engenheiros S.A.S., fazia parte do Consórcio Ruta del Sol II, recebeu e entregou a Federico Gaviria Velázquez uma quantia significativa em dinheiro por intervir na concessão do Ocaña projeto de rodovia (Norte de Santander) - Gamarra (Cesar).

Dessa forma, foi demonstrado que Salazar Ferro obteve um aumento de capital em favor de terceiros.

O homem deve cumprir sua sentença em um centro prisional. A decisão é de primeira instância e os recursos legais são tomados contra ela.

O anúncio foi feito pelo Ministério Público em suas redes sociais. Foto: Twitter @FiscaliaCol
O anúncio foi feito pelo Ministério Público em suas redes sociais. Foto: Twitter @FiscaliaCol

Na Câmara de Julgamento do Supremo Tribunal de Justiça, o juiz Ariel Augusto Torres condenou o ex-deputado Antonio Guerra por sua responsabilidade no escândalo de corrupção da multinacional brasileira Odebrecht. Ele foi acusado de: concerto para cometer um crime agravado, tráfico de influência de servidor público e enriquecimento ilícito.

O ex-senador deve cumprir uma pena de 13 anos e 8 meses de prisão, que em princípio o Gabinete do Procurador havia solicitado para ser 20. Além disso, pagar multas de mais de 1 bilhão de pesos e 225 mil salários mínimos mensais legais em vigor no momento dos eventos. Ele também foi impedido de ocupar cargos públicos por 13 anos.

Essa condenação, além de sanções legais, custou ao banco do BBVA notificá-lo de que fechou suas duas contas correntes, dois cartões de crédito e uma cota rotativa. Isso depois de mais uma disposição judicial, travada por Guerra, contra o banco quando, em primeira instância, restringiu o acesso às suas várias contas desde 25 de julho de 2019.

Os argumentos da instituição financeira para essa determinação são mitigar o risco reputacional, prevenir crimes e o fato de uma pessoa ser investigada por esses crimes é motivo para impossibilitar o uso do sistema financeiro.

Recorde-se que Antonio Guerra fez parte do grupo de políticos e empresários que intervieram ilegalmente em nome da Odebrecht em contratos públicos, principalmente para as obras da Ruta del Sol II, por meio de subornos.

Provas judiciais indicam que o ex-senador fazia parte de um grupo conhecido como “The Bulldozers”, ao qual Eduardo Zambrano, Federico Gaviria, Bernardo Miguel “el ñoño” Elias também pertenciam; este último que testemunhou e confirmou que Antonio Guerra recebeu 200 milhões de pesos em troca de favores parlamentares para a multinacional Odebrecht. Além disso, a Primeira Câmara determinou que, entre 2012 e 2017, o ex-congressista obteve um aumento de capital injustificado de mais de 500 milhões de pesos.

Antonio Guerra foi capturado neste caso em 21 de maio de 2021, mas desde setembro do mesmo ano ele se beneficiou da medida de casa em prisão enquanto seu julgamento estava sendo resolvido e da qual gozou até o momento da acusação.

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