O presidente Andrés Manuel López Obrador disse aos banqueiros mexicanos que o governo federal não colocará obstáculos na venda do Banamex pelo Citigroup, embora tenha sugerido respeitosamente que um grupo de acionistas mexicanos deve assumir o controle dessa instituição financeira e que o acervo deve ser preferido o patrimônio cultural que protege é considerado patrimônio nacional.
Desde que o Citigroup anunciou em 11 de janeiro de 2022 que venderia seu segmento de banco comercial no México sob a marca CitiBanamex, o presidente López Obrador saiu para comunicar seu desejo de que o Banco Nacional do México se recuperasse através de um grupo de empresários mexicanos, e até listou alguns nomes como Carlos Hank González, da Banorte; Carlos Slim, do Grupo Inbursa ou Ricardo Salinas Pliego, dono do Banco Azteca.
López Obrador e o secretário de Finanças Rogelio Ramírez de la O expressaram publicamente o desejo do governo de que a marca Banamex retorne às mãos mexicanas, afirmando que agilizarão ao máximo os procedimentos regulatórios para autorizar e concluir a operação.
No entanto, a venda do Citibanamex também deve ser regulamentada nos Estados Unidos onde o Citigroup está listado na Bolsa de Valores de Nova York. Por esse motivo, o Departamento do Tesouro e o Departamento de Justiça devem endossar a venda, enfatiza o jornalista Darío Celis. Dessa forma, o governo do presidente Joe Biden também fará sua avaliação para garantir que a operação seja realizada em um clima de concorrência justa para as empresas daquele país.
A diretora executiva do Citigruoup, Jane Fraser, explicou que o processo de vendas será feito de forma transparente e profissional. Ele esclareceu que compartilhará informações sobre o processo com autoridades no México, mas também nos Estados Unidos.
Desde o anúncio da venda do Banamex, as ações do Citigroup na Bolsa de Valores de Nova York não mudaram significativamente, pois os analistas consideram natural que este grupo financeiro norte-americano se retire gradualmente da banca comercial para se concentrar na banca institucional, ou seja, a de grande clientes.
Deve-se lembrar que o governo dos Estados Unidos, por meio do Departamento do Tesouro, pode proibir uma empresa americana de fazer negócios com qualquer governo ou empresário estrangeiro se considerar que eles representam uma ameaça à segurança dos Estados Unidos. No México, é comum que algumas pessoas sejam destacadas por participarem de redes de lavagem de dinheiro para grupos criminosos.
Antes da Convenção Bancária em Acapulco, Guerrero, o CEO da Citibanamex, Manuel Romo, disse que empresários mexicanos e estrangeiros manifestaram interesse em adquirir o banco com 22 milhões de clientes no México. Romo ressaltou que o Citigroup avaliará as propostas e decidirá sobre a venda considerando a melhor estratégia abrangente do potencial comprador e não apenas por causa da oferta econômica.
Por sua vez, o banco espanhol Santander também demonstrou interesse em uma possível compra do Banamex, segundo sua presidente, Ana Botín. Se essa possibilidade acontecesse, dois grupos espanhóis teriam a maior participação de mercado no México, lembrando que o BBVA está atualmente no topo dessa lista.
Manuel Romo destacou que, sob a marca Banamex, existem mais de 38.000 funcionários, que atendem 22 milhões de clientes, por isso terão o cuidado de escolher quem vendem o banco mais icônico do país. Romo disse que todos os grupos de investidores com capacidade e solvência, estrangeiros ou mexicanos, terão a mesma consideração e, a partir de abril deste ano, terão acesso a uma tabela de dados.
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