AIEA alertou que a Rússia coloca o pessoal da usina nuclear de Chernobyl em risco

O diretor da Agência Internacional de Energia Atômica, Rafael Grossi, expressou sua preocupação com os bombardeios realizados pelas tropas do Kremlin em Slavutich, cidade próxima às instalações

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Foto de archivo de la
Foto de archivo de la estructura que cubre el reactor 4 de la central nuclear de Chernóbil. April 5, 2017. REUTERS/Gleb Garanich/

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) adverte que as tropas russas bombardearam postos de controle ucranianos em Slavutich, uma cidade perto da usina nuclear onde o pessoal de Chernobyl trabalha.

A autoridade reguladora da Ucrânia alertou que o ataque colocou em perigo “as casas e famílias de pessoal operacional que garantem a segurança nuclear e de radiação”, de acordo com um comunicado da organização.

O diretor da AIEA, Rafael Grossi, expressou sua preocupação, pois esses ataques ocorrem poucos dias depois que o pessoal técnico da usina nuclear conseguiu girar e descansar após quase quatro semanas sem mudar de turno.

Esta cidade está localizada fora da Zona de Exclusão que foi estabelecida em torno da usina nuclear após o acidente de 1986. A AIEA alertou na quarta-feira que o corpo de bombeiros na cidade de Chernobyl extinguiu quatro incêndios florestais perto da usina nuclear.

Infobae
O diretor da AIEA, Rafael Grossi, expressou preocupação com os atentados realizados pelas tropas do Kremlin em Slavutich, cidade próxima às instalações.

A Agência Estatal Ucraniana para a Gestão das Zonas de Exclusão informou esta semana que as tropas russas destruíram um laboratório de gestão de resíduos radioativos na usina nuclear de Chernobyl, ocupada no início da invasão da Ucrânia.

De acordo com este centro, o laboratório custou mais de 6 milhões de euros, estava localizado na zona de exclusão da usina nuclear de Chernobyl e era um complexo com “capacidades analíticas e de pesquisa significativas” no campo da gestão de resíduos radioativos.

O laboratório foi construído em 2015 com a ajuda de fundos da UE para a cooperação em segurança nuclear e, de acordo com o comunicado, tinha equipamentos e capacidades analíticas únicas na Europa.

De acordo com o comunicado ucraniano, no laboratório havia “amostras altamente ativas e amostras de radionuclídeos que agora estão nas mãos do inimigo”.

A usina nuclear de Chernobyl, após o acidente de 1986, o mais importante da história para esse tipo de energia, não está operacional, mas ainda requer tarefas de controle, análise e vigilância.

O exército russo ocupou a usina, localizada ao norte de Kiev, em 24 de fevereiro e tem sido motivo de preocupação, juntamente com o restante das usinas nucleares na Ucrânia, para a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), uma vez que o pessoal que trabalhava lá foi detido sem possibilidade de descanso.

Conforme relatado pela AIEA, foi apenas no domingo passado que a primeira rotação de pessoal na antiga usina nuclear de Chernobyl desde o início da invasão russa há quase um mês foi concluída, permitindo que quase duzentos técnicos e pessoal de segurança da usina retornassem às suas casas para descansar.

(Com informações da Europa Press)

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