A IQair, empresa suíça especializada em tecnologia de qualidade do ar, divulgou nos últimos dias os resultados de seu relatório anual sobre a qualidade do ar no mundo. Nesta versão, o documento revelou que a Colômbia se classificou como o sexto país da América Latina com o ar mais poluído durante 2021.
O estudo, que abrangeu 117 países em todos os continentes, buscou avaliar a qualidade do ar de diferentes nações ao longo do ano passado, com base na concentração anual de PM2,5 - pequenas partículas de 2,5 mícrons ou menos de um diâmetro que são um dos poluentes mais nocivos aos seres humanos - recomendado por a Organização Mundial da Saúde (OMS) que no máximo um território deveria ter: 5 µg/m3.
Assim, embora na América Latina países como Argentina, Brasil, Colômbia e Costa Rica reduziram sua concentração de PM2.5 em 2021 em relação a 2020, o território colombiano classificou-se no ano passado como o sexto país com o ar mais poluído da região.
De acordo com o relatório, embora a Colômbia tenha conseguido reduzir as concentrações de PM2.5 em 10% de 2020 a 2021 devido às restrições de mobilidade decretadas durante a pandemia e à mudança da frota de transporte para ônibus elétricos, de baixo carbono ou híbridos, ainda registrou uma concentração de 14,1 μg/m3 no ano passado. PM2.5, ou seja, quase três vezes mais do que o recomendado pela OMS.
Da mesma forma, a entidade especializada em qualidade do ar garantiu que os níveis de poluição no país também estão diretamente relacionados ao fato de grande parte da população viver na Cordilheira dos Andes, setor exposto a estradas de montanha, ruas fechadas, congestionamento de tráfego, entre outros, que contribuir para afetar o ar do país.
Quanto às cidades colombianas que registraram o ar mais poluído do país, a IQair indicou que, em primeiro lugar, existe Medellín, que relata uma concentração de PM2.5 de 15,6 μg/m3, seguida por Bogotá, com um nível de PM2.5 de 13,7 μg/m3, um nível que torna a cidade a sexta capital mais poluída da América Latina, superada apenas por Lima (31,5), Santiago do Chile (25,8), Cidade do México (21,7), Cidade da Guatemala (19,5) e Montevidéu (14,2).
O estudo da IQAir também revelou que, no ano passado, a capital e o país que relataram a menor qualidade do ar foram Nova Delhi (Índia) e Bangladesh. De acordo com o relatório, este é o quarto ano em que esses territórios foram colocados nessa posição.
De acordo com o relatório, apesar das restrições de mobilidade que foram decretadas durante a pandemia causada pela covid-19, Nova Deli (Índia) registrou uma concentração de 85 μg/m3 de partículas de PM2.5 durante 2021, enquanto Bangladesh teve uma concentração de PM2.5 de 76,9 μg/m3.
Sobre os números, em entrevista à agência EFE, o secretário-geral do Movimento Ambiental de Bangladesh, Sharif Jamil, assegurou que, se não for procurada uma solução para a poluição ambiental, poderá ser gerada “uma catástrofe humanitária”.
Quanto aos lugares do mundo com a melhor qualidade do ar, o ranking da IQAir indicou que, para 2021, era Nova Calcedônia e sua capital Noumea, com um nível de concentração de PM2.5 de apenas 3,8 μg/m3.
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