Juan Guaidó exigiu justiça para indígenas mortos em confronto com militares venezuelanos

O presidente interino da Venezuela expressou solidariedade com a etnia Yanomami e pediu “responsabilização por esta atrocidade”

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FILE PHOTO: Venezuelan opposition leader Juan Guaido speaks to supporters as he takes part in an event called  "Save Venezuela", in Maiquetia, Venezuela February 19, 2022. REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria/File Photo
FILE PHOTO: Venezuelan opposition leader Juan Guaido speaks to supporters as he takes part in an event called "Save Venezuela", in Maiquetia, Venezuela February 19, 2022. REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria/File Photo

O presidente interino venezuelano Juan Guaidó exigiu justiça na quarta-feira e que as responsabilidades sejam “estabelecidas” pelas mortes de quatro índios Yanomami, em um suposto confronto entre membros dessa etnia e oficiais militares em Puerto Ayacucho, Estado do Amazonas, no sul do país.

Somos solidários com a etnia Yanomami, exigimos justiça e que a responsabilização seja estabelecida por essa atrocidade. Mas sabemos que isso faz parte de um problema maior cuja solução é recuperar a democracia e a liberdade na Venezuela”, disse Guaidó em sua conta no Twitter.

A ONG Fundaredes denunciou nesta terça-feira a morte dos quatro indígenas, resultado de um “confronto” ocorrido no último domingo, 20 de março, entre membros daquela etnia e militares da Força Aérea em Parima B.

“Instamos o Estado venezuelano a investigar o confronto em 20 de março entre índios Yanomani e soldados da Força Aérea em Parima B, município de Alto Orinoco, no estado do Amazonas, onde quatro indígenas morreram e outros ficaram feridos”, disse Fundaredes na mesma rede social.

Sobre os fatos, Guaidó denunciou a vulnerabilidade em que essas etnias vivem em território venezuelano, como resultado, em sua opinião, do “etnocídio no Arco Minero, da disputa pelo controle da mineração ilegal que deslocou os indígenas e da presença de grupos irregulares ao qual eles são vulneráveis.”

“Honrar nossos povos indígenas não é dedicar um dia a eles ou usá-los para propaganda; é respeitar sua dignidade, direitos e território e que eles não sejam massacrados como tragicamente aconteceu com quatro Yanomamis por militares na Amazônia”, disse.

A este respeito, na quarta-feira, o procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, informou que seu escritório iniciará uma investigação sobre a denúncia desse suposto confronto entre indígenas e oficiais militares.

“O Ministério Público Nacional 91 em matéria indígena e o promotor 4 de direitos humanos foram nomeados no Amazonas, para investigar em conjunto com especialistas do Corpo de Investigações Científicas Criminais e Criminais (CICPC), denúncia de confronto entre indígenas Yanomami e oficiais militares,” disse o promotor no Twitter.

Saab explicou que os dois procuradores foram à comunidade de Parima B, no município de Alto Orinoco, no estado do Amazonas, juntamente com uma comissão policial e “especialistas”, para fazer a perícia e determinar responsabilidades.

(Com informações da EFE)

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