Na quarta-feira, o PEC concedeu o benefício da liberdade condicional a Alexander Carretero Díaz, que foi processado pelos tribunais ordinários e condenado a 44 anos de prisão por ter um envolvimento direto nos chamados 'Falsos Positivos', que foram os assassinatos de civis cometidos por soldados do Exército colombiano para passar eles fora como guerrilheiros mortos em combate, a fim de obter dias de folga, promoções e compensação financeira.
Na estação de rádio La W, eles relataram que Carretero Díaz recrutou, sob falsas promessas de trabalho, jovens que mais tarde terminaram seus uniformes para fazê-los passar como vítimas dos subversivos em Norte de Santander. A pessoa condenada é responsável por 23 homicídios de civis.
“O palestrante assumiu a tarefa de identificar e transferir pessoas para que elas pudessem ser apresentadas como vítimas em combate. Em algumas ocasiões, ele até interveio ativamente na detenção de algumas vítimas, às vezes por um ou mais dias”, citaram em seu arquivo judicial.
De acordo com o tribunal de paz, Carretero Díaz forneceu informações cruciais para descobrir essa prática criminosa naquele departamento na parte nordeste do país e também cumpriu vários anos de pena, permitindo-lhe obter sua liberdade. Ele também denunciou os militares envolvidos e aceitou plenamente sua responsabilidade nesta prática criminosa da qual o PEC estima que haja 6.402 vítimas em toda a Colômbia.
Na rádio, eles lembraram que essa decisão do PEC também foi tomada porque Carretero Díaz havia instituído uma tutela porque, sem dar nenhuma explicação, a Câmara de Definição não havia decidido sobre seu pedido de liberdade.
Agora, quem foi um dos recrutadores de jovens para os 'Falsos Positivos', uma vez implementada a resolução do PEC, poderá deixar seu local de confinamento em Cucuta.
JEP aceitou a apresentação do coronel Hernando Pérez Molina
Hernando Pérez Molina era comandante da Terceira Brigada e depois da Terceira Divisão do Exército e é investigado por pelo menos 17 casos de mortes ilegais apresentadas como vítimas de combate, conhecidas como falsos positivos, das quais ele teria conhecimento e até teria sido promovido durante seu comando.
O coronel aposentado apresentou seu pedido de submissão à Jurisdição Especial para a Paz (JEP) desde setembro de 2021, e foi respondido nos últimos dias pela Sala de Definição de Situações Jurídicas para assumir a investigação de seus processos, além de ter sido mencionado por vários oradores do Exército.
Apesar dessa situação, Pérez Molina, segundo a emissora W Radio, apresentou-se inocente e entregou um documento de contribuição à verdade que não convenceu totalmente a juíza da Câmara, Sandra Jeannette Castro, que lhe pediu para fornecer um documento com uma contribuição mais abrangente nos próximos 10 dias.
A Câmara considerou que o nome do general foi mencionado em dois arquivos de “falsos positivos”, além daqueles que aparecem nesse caso no PEC, para execuções de civis nos departamentos de Cauca, Valle del Cauca e Caldas. Há pelo menos 17 vítimas que poderiam ser parentes de Pérez Molina, cujos autores eram membros do Batalhão de Infantaria nº 23 Victores e do Batalhão nº 57 Mártires de Puerres, que na época estavam seguindo suas ordens.
“Alegadamente (Pérez Molina) não apenas incentivou a prática de tais condutas ilícitas, mas também tinha conhecimento prévio ou posterior das circunstâncias em que seriam executadas ou de como foram encobertas, o que levou a investigações preliminares contra eles pelos Promotores”, citou o jornal El Espectador do documento de submissão.
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