O Ministro da Saúde, Hernán Condori, falou sobre as vacinas contra COVID-19 que expiraram e as que estariam prontas para expirar. Assim, ele apontou que é falso que existam 6 milhões de doses de vacinas do laboratório Sinopharm com prazo de validade próximo; mas ele confirmou que 8.580 doses das vacinas da AstraZeneca expiraram.
“O Perú recebeu 1,6 milhão de doses que expiraram em 28 de fevereiro. Desse milhão 600 doses, 8.580 doses expiraram, mas um milhão como dizem, não isso”, esclareceu.
“É falso que existam 6 milhões de doses das vacinas da Sinopharm vencidas. Temos menos de 5 milhões e meio de doses que expirarão entre outubro de 2022 e outubro de 2023”, acrescentou o ministro na conferência de imprensa de 24 de março, na sequência do Conselho de Ministros.
Além disso, Condori indicou que 2,4 milhões de doses da Astrazeneca chegaram nos dias 22 e 23 de dezembro de 2021, que expirarão em 31 de março. Desse número ainda restam 1 milhão de medicamentos e eles estão sendo aplicados diariamente na população que administra principalmente sua dose de reforço. Por outro lado, outro lote de 3 milhões de doses do mesmo laboratório chegou nos dias 1 e 3 de março e expirará em 30 de abril.
“Durante quase toda a pandemia, lotes com datas de vencimento próximas a dois meses ou dois meses e meio foram recebidos”, explicou.
Por outro lado, Condori informou que desde o final de janeiro até agora, 16 casos da variante covid BA2 foram detectados no Perú e que “está sendo controlado”.
JUSTIFICA A DESACELERAÇÃO DA VACINAÇÃO EM QUE A POPULAÇÃO TEM MENOS MEDO DO VÍRUS
Em 22 de março, Condori falou sobre o preocupante declínio na aplicação de vacinas contra COVID-19 no Perú. Justificou a situação afirmando que antes era muito fácil vacinar a população porque “houve um grande número de mortes, as pessoas vinham e as vacinações eram 24 horas e elas ficaram na fila”.
“Agora, já que você não vê isso... Um pouco também está do nosso lado como cidadãos. Como ministro, sou responsável por obter vacinas, 780 mil doses, cuido do pagamento da equipe; mas peço à população que vá aos centros de vacinação, vamos completar nossas doses para que amanhã depois possamos remover nossas máscaras e ser abraçado toda a família e amigos. Aqui a luta pertence a todos, às autoridades e à comunidade”, enfatizou o chefe da Minsa.
Sobre o vencimento das vacinas, questionou os ex-ministros porque “os contratos que eles fizeram são praticamente com vencimento das vacinas de dois meses para dois meses e meio. Os lotes vieram com essa maturidade. O que eles fizeram? ”.
Ele destacou que durante toda a pandemia tivemos doses para expirar, mas as vacinas ainda estão sendo vacinadas. E ele se justificou garantindo que esse problema também se repita em todo o mundo, onde há doses a serem superadas, e isso não é nada escondido.
Da mesma forma, durante sua visita a Cusco em 21 de março, o chefe da minsa também respondeu a perguntas sobre o ritmo lento da vacinação.
“Você sempre me pergunta a mesma coisa. Pergunte sobre o problema de saúde, a organização não caiu nada. O processo de vacinação não abrandou, estamos a falar a nível nacional, estamos a vacinar diariamente de casa em casa de uma forma mais rigorosa”, disse o ministro questionado.
Ele também deixou clara a posição do governo sobre a postura de combater a COVID-19, especialmente diante da possibilidade eminente de enfrentar uma quarta onda de infecções.