Governo colombiano referiu-se ao relatório da Cruz Vermelha sobre o aumento da violência no país: “Os verdadeiros perpetradores são os grupos narcoterroristas”

De acordo com o conselheiro presidencial de direitos humanos e assuntos internacionais no governo de Ivan Duque, Jefferson Mena, os números caíram

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Mayo fue el mes con más desplazados, pues 11.400 personas tuvieron que abandonar su hogar, principalmente en el departamento de Nariño (fronterizo con Ecuador). Fotografía de archivo. EFE/Ernesto Guzmán Jr.
Mayo fue el mes con más desplazados, pues 11.400 personas tuvieron que abandonar su hogar, principalmente en el departamento de Nariño (fronterizo con Ecuador). Fotografía de archivo. EFE/Ernesto Guzmán Jr.

De acordo com um relatório do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), a violência aumentou na Colômbia em 2021. Conforme detalhado, em comparação com 2020, o número de confinamentos, vítimas de munições explosivas e deslocamento aumentou. O Governo Nacional, em resposta a esse documento, assegurou que se encontrava em estado de 'estranheza' ao lê-lo, uma vez que essas conclusões não coincidem com as do Estado.

“É surpreendente que o relatório do CICV não identifique aqueles que são verdadeiramente responsáveis pela violação do Direito Internacional Humanitário na Colômbia, deve ser dito de forma inequívoca, sem medo e com coragem: são os grupos narcoterroristas do ELN, os dissidentes das FARC e do Clã do Golfo, que afetam nossa população, no interesse de lucrar com economias ilícitas (...) na Colômbia, há uma ameaça marcada por aluguéis ilícitos que alimentam vários grupos armados e criminosos”, disse Jefferson Mena, conselheiro de direitos humanos Jefferson Mena, assessor presidencial de Direitos Humanos e Assuntos Internacionais.

O CICV afirma que 486 vítimas de explosivos foram registradas em 2021, o maior número nos últimos 5 anos. Dos 486, 258 eram civis e 76% dos casos ocorreram em Norte de Santander, Cauca, Chocó, Antioquia e Arauca. Soma-se a isso a quantidade de confinamento e deslocamento ocorridos no ano passado. Em 2021, de acordo com os números acima, 52.880 pessoas foram deslocadas, ou seja, houve um aumento de 148% em relação a 2020. Isso ocorreu principalmente em Nariño, Chocó, Cauca e Valle del Cauca.

Em relação aos bloqueios devido a confrontos armados, cerca de 45.108 pessoas foram afetadas, 60% a mais do que em 2020. O território mais afetado por isso foi o Chocó. O CIRC observa que também houve 168 casos de desaparecimento em 2021, que, em outros números, seriam duas pessoas desaparecidas a cada dois dias. Isso, salienta o Comité, nem sequer seria o total, uma vez que muitas das pessoas desaparecidas não teriam sido denunciadas às autoridades.

Adicionado à lista de preocupações estava o ataque contínuo das missões médicas. Os números destacam que houve 553 ataques contra profissionais de saúde durante 2021, o maior número registrado nos últimos 25 anos. As agressões foram constantes no momento da greve nacional. Apenas 20 por cento dos atos violentos cometidos estavam nas mãos de grupos armados ilegais.

“Embora esse flagelo infelizmente continue ocorrendo em nosso país, os números estão longe do que foi relatado na década anterior (...) Por exemplo, com base nas informações registradas pela Unidade de Vítimas, no período de 2010 a 2014, pode-se observar que as vítimas de deslocamento totalizaram 1.431.731 pessoas, no período de 2015 a 2018 foram 670.778; enquanto no período de 2019 a 2021 as vítimas diminuíram para 379.176, o que mostra uma tendência de declínio no último período, não estamos dizendo com isso que o problema está resolvido, mas afirmamos e temos certeza de que estamos no caminho certo”, argumentou o conselheiro.

Segundo o funcionário, os casos documentados não permanecem apenas em números, pelo contrário, “cada um deles gera dor e rasga a alma do povo colombiano”. “É pertinente esclarecer que durante 2021, o Registro Único de Vítimas registrou 139 vítimas de desaparecimento em 141 eventos. Esse número é inferior ao registrado pelo CICV, ao comparar isso com informações dos últimos anos, é evidente que 2021 é o ano em que houve o menor número de casos desde 2017”, disse.

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