Susana Correa, a nova Ministra da Habitação da Colômbia

O ex-gerente de reconstrução de Providencia substitui Jonathan Malagón, que apresentou sua renúncia, que estará vinculado ao ensino em uma universidade no exterior

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A partir do desempenho questionado da reconstrução de Providencia após o furacão Iota, que não cumpriu a meta estabelecida pelo presidente para alcançá-la em 100 dias, Susana Correa, gerente desse processo, substituirá Jonathan Malagón no Ministério da Habitação.

O presidente Iván Duque anunciou a decisão durante o 102º Workshop de Construção do País, realizado em Pradera, Valle del Cauca, onde informou que Malagón apresentou sua renúncia na terça-feira, 22 de março, devido a compromissos acadêmicos e familiares, o presidente aceitou e tomou a decisão de colocar nesse portfólio para os meses restantes para Strap.

“Quero compartilhar com o Vale, que será o substituto do ministro Jonathan Malagón, uma pessoa que também trabalhou para a reconstrução, que trabalhou para que a melhoria da habitação seja uma questão de dignidade. Quero anunciar que a nova Ministra da Habitação é a Dra. Susana Correa”, disse a presidente.

Duque disse que Correa desenvolveu “com luxo” a reconstrução de Providencia e Santa Catalina após o furacão Iota que varreu as ilhas do arquipélago em novembro de 2020, embora tenha reconhecido que é uma tarefa pendente para seu governo.

“Essa notícia dada no meu departamento me enche de emoção, mas acima de tudo de compromisso. Você sabe que desde 7 de novembro de 2018 estamos acompanhando você em seu governo e que continuaremos lá e onde você designar estaremos fazendo a mesma tarefa, com a mesma responsabilidade, a mesma disciplina”, disse Correa em resposta à nomeação.

Malagón comemorou como a conquista de sua administração o reconhecimento do país pelas Nações Unidas como o número 1 na comercialização de moradias. Ele garantiu que agora assumirá a posição mais importante de todas: “trocar fraldas” porque junto com sua esposa estão esperando um bebê prestes a nascer.

Susana Correa tem sido uma peça chave no governo de Iván Duque. Foi senadora do Centro Democrata de 2014 a 2018 onde conquistou a vaga pelo seu 5º lugar na lista do partido. Em seguida, fez campanha para o atual presidente e desde o início fez parte de sua equipe.

Ele era membro do comitê misto, no qual segundo a Rádio Caracol ele foi descrito como um “déspota” por funcionários cessantes, que ele disse que eles não tinham feito nada. Ele então passou a ocupar o Departamento de Prosperidade Social, que foi fundamental na administração de subsídios durante a pandemia, como renda solidária ou prefeito da Colômbia ou o reembolso do IVA.

Após essa posição, em novembro de 2020, quando ocorreu a tragédia do furacão Iota, o presidente nomeou Correa como gerente de seu “Plano 100″ para a reconstrução do arquipélago de San Andrés, Providencia e Santa Catalina.

O nome foi atribuído ao objetivo de alcançar o maior progresso na reconstrução nos próximos três meses, mas depois de um ano, apenas um pouco mais de 50 por cento foi alcançado. Após essa primeira brecha, o mês de março foi estabelecido como o fim das obras, mas o anúncio ainda não foi feito.

Em novembro de 2021, um ano após o desastre, os números entregues, segundo o jornal El Espectador, correspondiam a 54% na reconstrução de moradias e apenas 37% haviam recebido novas casas. Da mesma forma, o reparo do hospital da ilha não havia começado, o que era esperado em março de 2022, segundo a própria Correa.

De acordo com a Presidência, citada pelo jornal Portafolio, o objetivo era construir 1.787 casas em Providencia, das quais 877 foram reparadas e 910 novas. Dos quais 962 haviam sido entregues até novembro, o restante seria concluído até este mês de março.

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