A desaceleração da vacinação contra a COVID-19 no Perú é alarmante para todas as autoridades e organizações de saúde do país. Isso se deve à ameaça iminente de uma quarta onda, devido ao aumento de casos em países da Europa e da Ásia. Assim, a Ouvidoria alertou que há mais de 20 milhões de pessoas que não têm as três doses. da vacina.
A entidade atingiu esse valor após o monitoramento nacional, observando que o baixo percentual de pessoas protegidas pela dose de reforço é alarmante.
Os escopos foram anunciados pelo ouvidor, Walter Gutiérrez Camacho, em entrevista coletiva. O processo de vacinação foi comentado sobre a população em geral, idosos, comunidades nativas e menores.
A deputada da Administração Estatal, Alicia Abanto, disse que muitos meses se passaram desde a administração das vacinas, e que o objetivo seria ter toda a população em suas três doses de reforço — pelo menos para maiores de 18 anos. Assim, ele observou os números preocupantes em que a vacinação é encontrada atualmente no Perú:
- 4,2 milhões de pessoas não têm uma dose única da vacina contra a COVID-19.
- 7,1 milhões de pessoas não têm a segunda dose da vacina.
- 13,1 milhões de pessoas não receberam uma terceira dose da vacina.
Assim, há um número cumulativo de 24,4 milhões de pessoas sem a terceira dose, seja porque não receberam a segunda ou nenhuma delas.
Além disso, ele explicou que das 211 mil pessoas que morreram dessa doença, 95% tinham mais de 40 anos. Essas pessoas sem vacinas, então, estão em risco para a saúde e em situação de alto perigo para o vírus.
FIGURAS ADOLESCENTES
Em relação à vacinação de menores, resultados preocupantes também foram encontrados, de acordo com o deputado Abanto:
- 1 milhão de adolescentes não receberam a segunda dose da vacina contra COVID-19.
- 1,8 milhão de meninos e meninas não receberam nenhuma dose da vacina.
Gutiérrez destacou que, desde o governo de Pedro Pablo Kuczynski, a Ouvidoria vem preparando relatórios e propondo melhorias no processo de vacinação. Isso se repetiu no governo de Martín Vizcarra, Francisco Sagasti e agora Pedro Castillo. No entanto, ele lamentou que suas recomendações não tivessem sido atendidas e que ele estava agora em alto risco.
EX-MINISTRO HERNANDO CEVALLOS CRITICA DESACELERAÇÃO DA VACINAÇÃO
Em 22 de março, o ex-ministro da Saúde, Hernando Cevallos, falou sobre o desaceleração da vacinação contra a COVID-19. Ele mencionou que os números diários permanecem abaixo de 50% dos números que já deveríamos ter alcançado nesta fase da pandemia. Assim, ele destacou que esse é um compromisso de todo o Poder Executivo.
“Em geral, a vacinação está oscilando, dependendo das circunstâncias, datas especiais. Mas, em geral, a ideia é manter um nível de promoção na cobertura em médias mensais e bimestrais. Isso não está acontecendo”, disse em entrevista à RPP Noticias.
Assim, apontou que “estamos abaixo de 50% da média diária que deveríamos ter”, onde o Ministério da Saúde (Minsa) tem uma parcela de responsabilidade. Com isso, ele destacou que medidas devem ser tomadas para continuar a massificação da vacinação.
Por outro lado, sobre o Governo, ele disse que deve gerar níveis de compromisso com vários setores do país. Desta forma, o ex-ministro salientou que o ritmo da vacinação também depende dos governos regionais e locais.