O Ministério Público não investigará júris votantes por “erro humano”

A entidade garantiu que só pode iniciar uma investigação quando ela tiver uma conotação criminal.

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A Procuradoria-Geral da República anunciou na terça-feira que não vai investigar os júris votantes que participaram nas últimas eleições para o Congresso da República pelos “erros humanos” cometidos.

A decisão da entidade é tomada no contexto de reclamações recentes dos cidadãos sobre as inconsistências entre a pré-contagem e a contagem de votos. O registrador nacional Alexander Vega garantiu na época que o verdadeiro problema foi apresentado nos formulários E-14, nos quais os juízes eleitorais eram obrigados a registrar o número de votos expressos nas pesquisas por cada um dos candidatos ou partidos registrados.

“São fatores humanos, não há má-fé, presumo”, disse o funcionário, descartando que se tratava de uma fraude eleitoral. Por sua vez, ele indicou que 80 por cento dos juízes que foram treinados não seguiram as instruções. Foi estabelecido que eles deveriam preencher as células livres dos candidatos votantes com asteriscos, mas em vez disso eles preencheram todas as caixas, o que dificultava a identificação visual dos números dos votos e, por sua vez, afetava, de acordo com Vega, a transmissão dos resultados.

Apesar dessas alegações, o Ministério Público decidiu não investigar os júris. “Não somos preventivos, só podemos lidar com investigações que tenham uma conotação criminal”, disse a promotora adjunta Martha Yaneth Mancera à Blu Radio.

Segundo o responsável, as investigações criminais “estão consagradas por tudo o que são competições eleitorais serem eminentemente maliciosas, isso significa que situações de erro humano e o que mais surgirem estarão em outra fase, mas não dentro das atividades de investigação eminentemente criminal”.

Por sua vez, o Gabinete do Procurador-Geral da Nação mostrou outro conceito diante da situação. A entidade garante que eles devem abrir os respectivos inquéritos contra as queixas expressas pelos cidadãos e “tomará cuidado em tempo hábil para realizar os procedimentos disciplinares apropriados; contra todos os servidores públicos, contra aqueles que realizaram conduta antes das eleições e em dia da eleição disciplinável”, disse o promotor (e) Silvano Gómez Strauch, perante o mesmo meio de comunicação.

Recorde-se que o Ministério Público abriu recentemente um inquérito contra quatro prefeitos do Santander por alegadas irregularidades na regulamentação da propaganda eleitoral nos seus municípios. Os envolvidos são os prefeitos de Landázuri, Marlon Adrián Ballén Castellanos; Bolivar, Wilson Orlando Gamboa Sedano; Cimitarra, Luis Alfredo González Mosquera, que é o presidente responsável; e Chipatá, Emilse Santamaría Castillo.

O registro não solicitará recontagem de votos após o balcão de garantia

Durante a Comissão Nacional de Coordenação e Acompanhamento dos Processos Eleitorais, realizada na terça-feira a pedido do Presidente da República, o secretário Alexander Vega reverteu a ideia de solicitar uma recontagem geral dos votos, conforme solicitado por alguns setores políticos.

A ideia tinha surgido esta segunda-feira e seria apresentada formalmente durante esta ronda de garantias, “com o propósito de procurar uma saída para toda esta questão, para legitimar o resultado, que diziam que fraude; fraude nunca existiu”. No entanto, o registrador conheceu 12 comunidades políticas, das 16 participantes da reunião, que levantaram a voz contra a contagem na mesa de garantia.

“Magistrados, Presidente encarregado: Para a tranquilidade das forças políticas, não apresentarei o pedido. Obviamente, há também o direito das organizações políticas que querem apresentá-lo, mas por parte do cartório não vamos apresentá-lo”, disse durante a Comissão.

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