Em 2019, o Ministério da Saúde assinou o 'Pacto de Segurança Rodoviária para Crianças e Adolescentes na Colômbia', também assinado pela Agência Nacional de Segurança Rodoviária, Ministério dos Transportes, Ministério da Educação, Polícia, Departamento de Planejamento Nacional, Comitê Empresarial para Segurança no Trânsito e o Enviado Especial das Nações Unidas Estados para a segurança no trânsito.
Com este acordo, espera-se que os eventos rodoviários sejam compreendidos e abordados é intersetorialidade, uma vez que o portfólio da Saúde considera que “a segurança rodoviária é considerada um problema de saúde pública, dadas as vidas humanas perdidas devido a eventos evitáveis, bem como as sequelas ou lesões que geram, uma situação com amplo impacto social e econômico”.
Apesar desse compromisso, o portfólio de saúde alertou em 23 de março que o problema dos acidentes rodoviários e da mortalidade continua afetando a Colômbia e deve ser abordado de diferentes lados, como afirmou Germán Escobar, vice-ministro da Saúde Pública e Prestação de Serviços.
Ele acrescentou que um bom trabalho conjunto está sendo realizado no país, o que contribui e fornece espaços de discussão onde é abordado de forma intersetorial, “desta forma, as ações do setor saúde são capitalizadas ou têm um apoio muito melhor para influenciar e contribuir”.
Escobar explicou as três linhas de ação que estão sendo realizadas por Minsalud. O primeiro está associado à conscientização sobre recursos de infraestrutura e segurança no transporte público e privado.
No entanto, ele reconheceu as particularidades domésticas, incluindo aspectos culturais, sociais e topográficos do país, “que devem ser abordadas de forma inteligente e inovadora, porque em muitos territórios o sistema de transporte não é o veículo motorizado de quatro rodas, mas uma bicicleta ou uma motocicleta e, em essa ordem, ideias, precisamos começar a abordá-la de forma diferenciada.”
A segunda linha de trabalho — disse o vice saúde — é a preparação dos profissionais de cuidados pré-hospitalares e hospitalares, o que permite reduzir as sequelas quando ocorre um acidente, “isto é, prevenção secundária e terceira e é muito importante porque também previne mortes”.
Quando ocorre um evento rodoviário, um risco se materializa; mas pode ser abordado em tempo hábil com atendimento de qualidade para evitar sequelas, que podem ser tão graves quanto invalidez grave ou morte.
Para atender a essa preparação do talento humano em saúde, o Ministério dispõe de uma unidade específica para atendimento de emergências, a Unidade de Emergência e Desastres, composta por uma equipe que é responsável pela preparação dos profissionais de saúde no atendimento pré-hospitalar, hospitalar e tratamento de sequelas.
“Isso está sendo feito com um modelo de atenção que estamos tentando transformar, um modelo que está muito mais próximo das pessoas, de atenção primária à saúde, que é mais decisivo e nem todos os casos atingem terceiros níveis de atenção, em que o tempo se perde e as oportunidades de atendimento são perdidas”, disse.
Enquanto isso, a terceira linha, que tem a ver com a segunda, é um sistema de emergências médicas que está resolvendo e respondendo rapidamente aos casos em que uma reclamação e lesão ocorrem.
“95% dos acidentes rodoviários ou acidentes rodoviários ocorrem em países de baixa e média renda. É dramático. Quando temos esses ferimentos, temos que lidar com eles rapidamente”, ressaltou Escobar.
Por esse motivo, Minsalud está entrando em uma segunda fase de fortalecimento do Sistema Médico de Emergência na Colômbia, que, embora tenha feito progressos bem-sucedidos nos municípios da categoria I, municípios e distritos especiais, este ano começa nos municípios da categoria II e naqueles com mais de 100.000 habitantes.
“Temos que gerar maiores capacidades, treinando talentos humanos, entidades governamentais locais, atores do ecossistema local, e é isso que estamos fazendo, fortalecendo esse Sistema Médico de Emergência e andamos de mãos dadas com a Agência Nacional de Segurança Rodoviária”, disse.
Na Colômbia, em 2021, de acordo com dados do Observatório de Segurança Rodoviária da Agência Nacional de Segurança Rodoviária, houve 7.067 mortes. Depois de motocicletas e pedestres, os ciclistas são o ator mais vulnerável.
Em termos de mortalidade entre crianças e adolescentes, houve uma redução de 23% nos acidentes rodoviários de 2018 a 2020. No entanto, entre janeiro e junho de 2021, 96 crianças menores de 15 anos morreram no país, 20 a mais do que no mesmo período de 2020, um aumento de 26,32%.
Em média, nos anos 2018-2020, 437 pessoas de 0 a 18 anos morreram em todo o país, sendo os usuários de motocicletas o usuário da estrada mais falecido nessa faixa etária, representando 46% do número total de vítimas mortais causadas por acidentes rodoviários na população de crianças e adolescentes.
Os departamentos que respondem por 40% desse problema nos últimos três anos são: Antioquia, Valle del Cauca, Cesar, Cundinamarca e Santander.
Segundo dados do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, a segunda principal causa de mortalidade por fatores externos entre crianças e adolescentes são os acidentes rodoviários.
Diante desse cenário, é necessário criar estratégias multissetoriais e abrangentes para a prevenção de lesões em crianças e adolescentes, como têm feito em países de alta renda, com essas estratégias alcançando uma redução da incidência em quase 50% nas últimas três décadas.
“Como setor da saúde, é nosso interesse contribuir para a minimização dos fatores de risco e a redução da morbimortalidade relacionada aos acidentes rodoviários, gerando políticas, planos, estratégias e diretrizes que nos permitam realizar intervenções populacionais e coletivas nos ambientes, com alta importância na coordenação e gestão intersetorial, base para a abrangência e eficiência das ações realizadas nos territórios”, concluiu o vice-ministro.
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