Magaly Solier está promovendo seu filme Lina em Lima, que está sendo lançado em 24 de março em todos os cinemas em todo o país. Depois de saber sobre o próximo retorno da atriz de Ayacucho, muitos usuários do Twitter não hesitaram em compará-la a Stephanie Cayo, destacando-a como uma verdadeira representante das mulheres andinas.
Como você se lembra, Cayo foi descrita pela revista Vogue como uma atriz andina, fato que desencadeou a fúria de muitos. Isso alcançou a reação da protagonista de Hasta Re-Encounter, que indicou que não se sentia a representante da mulher andina, no entanto, as críticas não pararam.
É por isso que, após a publicação nas redes da próxima exibição de Lina em Lima, estrelada por Magaly Solier, as comparações que desqualificavam o namorado de Maxi Iglesias não demoraram a chegar.
La huantina foi questionada sobre isso, e esta foi sua resposta: “Todo mundo tem sua maneira de pensar, de ver as coisas, eu não entro nos pensamentos de pessoas que dizem que não nos representam. Nem todas as mulheres peruanas são iguais e nem todas pensamos da mesma maneira e devemos respeitar sua maneira de pensar”. Dessa forma, ele não queria mais agitar as perguntas.
OS DESAFIOS COM LINA EM LIMA
Deve-se lembrar que 'Lina de Lima' é um filme produzido entre Chile, Perú e Argentina. Magaly Solier conta sobre os desafios que teve que enfrentar com seu novo personagem.
“O desafio foi compor as músicas, as letras e, aliás, interpretar seis personagens ali mesmo, como Lina de Lima e separar quem é Magaly porque dançar e vestir saltos enormes era um grande desafio. Um dos desafios mais difíceis porque eu tinha medo de quebrar o tornozelo, imagine”, disse ele para a America Espectáculos.
Lina in Lima é dirigida pela cineasta chilena María Paz González. Nesta produção, Magaly Solier surpreenderá mais uma vez com uma personagem fora de todos os estereótipos ao interpretar uma peruana, mãe migrante em Santiago do Chile, que apesar da dor da separação de sua família, não perde força e alegria, imersa em seus sonhos, a música que a conecta com suas raízes e a necessidade de descobrir sua própria identidade.
QUE PAPEL MAGALY SOLIER DESEMPENHA EM LINA EM LIMA?
Magaly Solier interpreta Lina, uma mulher que sustenta sua família remotamente, trabalhando como empregada doméstica na casa de uma família rica em Santiago, Chile. Enquanto prepara sua viagem anual de volta ao Perú para as férias de fim de ano, ela descobre que seu filho de 16 anos não sente mais a falta dela como antes. Sentindo-se emocionalmente deslocada, ela começa a explorar seus próprios sonhos e desejos. O filme, como personagem principal, quebra esquemas. A história inclui episódios musicais divertidos, cheios de cores, nos quais Magaly Solier canta e dança. Longe de ser um drama amargo, o filme é o retrato íntimo de uma mulher forte, autêntica, solitária e corajosa, que vive seu tempo à sua maneira, tentando ser feliz.
O componente musical do filme é a chave para entrar no mundo emocional do protagonista. Lina é fantástica e ousada. Seu universo imaginário está cheio de canções e ritmos que a conectam à sua terra e suas emoções. As letras foram criadas pelo diretor e José Manuel Gatica; e o renomado músico peruano Cali Flores, deu corpo aos ritmos peruanos. Magaly canta em quíchua e espanhol, ela executa de tudo, desde boleros, cumbia, huayno, até canções de natal.
QUAIS PRÊMIOS LINA GANHOU EM LIMA?
Lina em Lima marca a estreia no cinema de ficção de María Paz González, que até agora se destacava como documentarista. O filme também apresenta o excelente desempenho de Emilia Ossandón, que interpreta Clara, a garota que Lina cuida em seu trabalho. A produção chileno-peruana-argentina teve sua estreia mundial no Festival de Cinema de Toronto, na seção Discovery, dedicada aos primeiros filmes de diretores que oferecem novas perspectivas do cinema contemporâneo.
No ano passado, ganhou, entre outros, o Prêmio de Melhor Atriz para Magaly Solier no Festival de Cinema Chileno; o prêmio de Melhor Filme, Novos Diretores, no Festival Internacional de Cinema de Cleveland, Estados Unidos, e os prêmios de Melhor Filme Ibero-Americano e Melhor Novo Diretor para María Paz González no Festival Internacional de Cinema de Valdivia, Chile.
A VISÃO DE MARIA PAZ GONZÁLEZ AO CRIAR LINA EM LIMA
María Paz González diz que deu o salto para esta criação por causa de seu interesse no mundo da migração.
“Comecei a investigar de forma bastante documental. E decidi fazer uma ficção porque, enquanto revisava referências, achei uma representação muito condenada do migrante, muito limitada a personagens estagnados, sem sonhos, paralisada. Filmes em que funcionários peruanos só dizem “sim, madame; não, senhora”, e isso não combinava com o que ela viu no karaokê, celebrações religiosas, festas”, disse a diretora.
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