Juiz manda guarda do INPEC para a cadeia que teria ajudado na fuga de “Matamba”

O tribunal observou que Milton Libardo Jiménez Arboleda ajudou a fazer com que o narcotraficante e paramilitar saísse como “Pedro por sua casa” da prisão de La Picota.

Nesta quarta-feira, 23 de março, o 75º tribunal municipal com a função de garantias de Bogotá, aceitou o pedido da Procuradoria Geral da República e enviou para a prisão Milton Libardo Jiménez Arboleda, o guarda do INPEC acusado de ajudar o pseudônimo “Matamba” a escapar da prisão de La Picota, na sexta-feira 18 do mesmo mês.

O juiz tomou a decisão, depois de considerar que Jiménez Arboleda, estava ciente de que as ações que realizou permitiram que Juan Lárrison Estupiñán deixasse a prisão. “Ele sabe que agir decisivamente assim; fazer essas mudanças, não relatar em minutos, em blogs, dar ordens irregulares, não relatar aos seus superiores a ausência de um colega, assumir o cargo, tudo isso, estava favorecendo a fuga de alguém, e mesmo assim ele estava determinado a agir assim. Há conhecimento e vontade”, explicou o juiz no caso.

Um dia antes dessa decisão, o órgão de investigação acusou Jiménez Arboleda de favorecer o voo, considerando que ele sabia quem era “Matamba” e abusou de sua autoridade, porque ele instrumentalizou um assistente de escola secundária para assumir a responsabilidade pela fuga do segundo do Clã do Golfo.

Durante a etapa em que foi enviado para a prisão, o juiz afirmou que as ações do funcionário do INPEC são um perigo para a sociedade, “a pessoa que está sendo processada aqui pode representar um risco futuro, devido ao seu acesso a botões, portas, acessos. Além disso, “Matamba” saiu como 'Pedro para sua casa'. Não houve fuga de filmes aqui. O réu aparentemente não respeita o serviço público”, disse.

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O togado acrescentou que as provas apresentadas pelo Ministério Público mostram que as ações do guarda são muito graves: “Ele é superior e conseguiu verificar se todos os protocolos foram cumpridos. Obviamente, esses eventos que apontam para o cidadão Jiménez Arboleda levaram a que a fuga dessa pessoa fosse facilitada”, disse.

Outro ponto que o juiz apontou após revisar o material de apoio, é que não havia controle na área de onde o infrator escapou. “Os caninos tinham mais controle do que qualquer outro ser humano, 15 minutos os bares duraram abertos. De fato, há consciência em seu comportamento”.

A fuga de “Matamba” começou às 12h56 da noite da última quinta-feira e de acordo com o relato do Ministério Público, Jiménez Arboleda, enquanto atuava como inspetor penitenciário, permitiu que o fugitivo saísse com uniforme do INPEC e embarcasse em um veículo que estava dentro do presídio.

Outros argumentos levados em consideração pelo juiz ao tomar a decisão são: que a medida é necessária e que Jiménez Arboleda representa um perigo para a comunidade e para as vítimas. “É considerado um risco de repetição desse comportamento no futuro, o que afeta a comunidade, a sociedade e as vítimas”, disse o juiz.

Por sua vez, a defesa de plantão rejeitou as alegações do Ministério Público e insistiu que os argumentos do promotor são escassos para demonstrar a necessidade de uma medida de garantia, que eles rejeitaram, “a medida funcionará automaticamente e isso não é verdade, a razoabilidade deve ser delineou os argumentos, o que é essa necessidade de impor uma medida de garantia conforme exigido pelo Ministério Público e o Ministério Público não cumpriu com a carga argumentativa”, explicou o defensor.

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