Depois de responder ao pedido da Procuradoria-Geral da República, a Câmara de Julgamento Especial do Supremo Tribunal de Justiça impediu a realização de investigações contra os generais reformados Rodolfo Palomino Bautista, Carlos Ramiro Mena e Edgar Sánchez Morales por seu suposto envolvimento em os crimes de abuso de autoridade por atos arbitrários e injustos.
O ex-diretor da Polícia Nacional e os outros dois policiais estavam sendo processados por supostamente exercerem pressão indevida contra o coronel Mario Aurélio Pedraza Sandoval e sua família, para retirar a denúncia e abster-se de relatar à mídia a existência de atos de corrupção e doença. tratamento administrativo no processo de promoção.
Quando o coronel Pedroza Sandoval alegou que, embora seu currículo fosse impecável e ele tivesse toda a experiência necessária, seu nome não foi levado em consideração para promoção a brigadeiro-general. Foi por esse motivo que apresentou queixa ao Conselho Consultivo Geral e ao Ministério da Defesa.
Para que Pedroza não continuasse com essas declarações, em 3 de outubro de 2012, ele foi convocado por Palomino, que era vice-diretor da polícia na época, para uma reunião com sua esposa e filhos e os generais Mena e Sánchez, ambos superiores dos filhos de Pedroza. De acordo com a denúncia, esse encontro existiu para intimidá-lo e prendê-lo em suas acusações.
O ex-diretor de polícia Rodolfo Palomino reconheceu ao Ministério Público que a reunião realmente aconteceu, mas que “foi uma questão de cordial solidariedade por não ter sido convocado para promoção”.
Mas Pedroza afirmou na denúncia que houve atos de represália pelas denúncias a seus superiores. Uma delas foi que dias depois de se formar um de seus filhos, ele foi transferido para a Amazônia. Decisão que eles viram influenciada pelas ações que haviam tomado.
Esse caso já havia sido excluído uma vez. Em 26 de fevereiro de 2019, a Câmara de Primeira Instância do Supremo Tribunal Federal havia tomado a decisão, mas em março de 2020 a Câmara Criminal revogou essa determinação porque “o pedido de exclusão não foi adequadamente demonstrado, e as omissões investigativas eram evidentes em face do reclamação.”
O procurador responsável afirmou durante o processo que “somente até 7 de maio de 2020 o caso foi entregue a outro escritório da entidade após seu retorno do Supremo Tribunal de Justiça, momento em que o estatuto de limitações foi aplicado”.
“Em 7 de abril de 2020, expirou o prazo para a emissão de uma sentença, tendo em conta que o órgão de instrução tinha um prazo de sete anos e seis meses a contar da comissão dos fatos para realizar a investigação”, prosseguiu o responsável.
Por sua vez, a defesa se opôs a esse argumento e apontou ao Ministério Público que o assédio contra o coronel Pedroza continuou após 2013 e, em seguida, o tempo para investigar os fatos ainda não expirou.
O funcionário do Ministério Público contrariou e afirmou que “os fatos não podem ser revistos isoladamente porque supostamente pretendiam impedir que o coronel Pedroza fizesse reivindicações públicas”.
Esse processo já havia sido arquivado em 2019, mas o tribunal superior decidiu reabrir o caso e, agora que o impede, será a Câmara Criminal em segunda instância que tomará uma decisão final.
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