Fundaredes denunciou a morte de quatro indígenas nas mãos de militares venezuelanos

A ONG instou o regime de Nicolás Maduro a investigar um confronto ocorrido em 20 de março. Os falecidos são Yanomami de Puerto Ayacucho, estado do Amazonas

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A ONG venezuelana Fundaredes denunciou nesta terça-feira a morte de quatro indígenas Yanomami em Puerto Ayacucho, estado do Amazonas, no sul do país, como resultado de um “confronto” ocorrido no último domingo, 20 de março, entre membros dessa etnia e militares pessoal da Força Aérea em Parima B, município de Alto Orinoco.

Instamos o Estado venezuelano a investigar o confronto em 20 de março entre índios Yanomani e soldados da Força Aérea em Parima B, município de Alto Orinoco, no estado do Amazonas, onde quatro indígenas morreram e outros ficaram feridos”, disse Fundaredes no Twitter.

A ONG explicou que entre os falecidos estão “Donaldo e Jonatan, 22 anos, Caribe, 30 (anos), e Martina, 45”, e disse que “esse evento violento começou quando o capitão da comunidade indígena pediu a devolução de um roteador de Internet e os militares se recusaram a se render”.

A oposição venezuelana, liderada por Juan Guaidó, também denunciou os acontecimentos num comunicado de imprensa em que citou a denúncia feita no Twitter pelo ex-deputado da oposição Mauligmer Baloa, que informou que “quatro índios Yanomami e outros feridos estão no hospital José Gregorio Hernández, no Puerto Ayacucho”.

Baloa confirmou que o confronto com os militares começou porque os equipamentos eletrônicos que haviam sido emprestados aos funcionários para acessar a Internet não foram devolvidos à comunidade.

“Fontes apontam que os irmãos indígenas emprestaram o equipamento para que todos pudessem se comunicar com uma antena que pertence aos funcionários da Base de Fronteira”, disse a oposição.

Até o momento, nenhum órgão do Estado se pronunciou sobre os fatos, mas a ONG Provea indicou que “sabe-se que a Ouvidoria do Amazonas abriu um arquivo para investigar o ocorrido, e uma comissão do Ministério Público e do Zodi Amazonas, se mudaram para o setor Parima B para investigar o fatos”.

Tanto Provea quanto Fundaredes rejeitaram a violência contra os povos indígenas no sul da Venezuela e instaram as autoridades a “esclarecer urgentemente os fatos” para estabelecer responsabilidades apropriadas.

(Com informações da EFE)

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